O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, ficou em 0,45%, em outubro, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O resultado acelerou em relação a setembro, quando havia sido de 0,23%, e ficou acima também da variação de outubro de 2019 (0,08%).
Ainda assim, a inflação de outubro/20 na RMS (0,45%) se manteve a menor dentre as 16 áreas investigadas pelo IBGE pelo segundo mês consecutivo, ficando abaixo também do indicador nacional (0,86%).
No mês, mais uma vez todas as áreas tiveram alta no IPCA, com destaque para Rio Branco/AC (1,37%), Região Metropolitana de Belém/PA (1,18%) e São Luís/MA (1,10%).
Com o resultado de outubro, o IPCA da RMS acumula alta de 2,16% no ano de 2020, mantendo movimento de aceleração nesse indicador frente ao acumulado até setembro (1,71%), mas ficando já um pouco abaixo da verificada no Brasil como um todo (2,22%).
Nos 12 meses encerrados em outubro, a inflação acumulada na RMS também seguiu em aceleração, indo a 3,69% (frente a 3,31% no acumulado até setembro) e também passou a ficar menor que o índice nacional (3,92%).
A tabela a seguir mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês, no acumulado no ano e no acumulado nos 12 meses encerrados em outubro de 2020.

Alimentos
A inflação de outubro na RMS foi resultado de aumentos verificados em oito dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. Apenas habitação (-0,48%) apresentou deflação no mês, sob forte influência do recuo médio nos preços da energia elétrica (-1,82%).
Dentre os grupo em alta, alimentação e bebidas teve mais uma vez o maior aumento (1,27%) e exerceu a maior pressão inflacionária. O grupo continua puxado pelos alimentos consumidos em casa (1,79%), sobretudo o arroz (12,80%), as carnes em geral (1,92%), com destaque para a carne de porco (10,17%), e o óleo de soja (14,07%).
Embora a alimentação fora do domicílio tenha tido discreta deflação média (-0,10%), as refeições fora (almoço ou jantar) aumentaram em outubro (0,94%) e foram uma das principais pressões inflacionárias do mês, na RMS.
Além dos alimentos, os transportes (0,61%), com o terceiro maior aumento em outubro, também foram importantes no sentido de puxar a inflação do mês para cima, na RMS. As passagens aéreas tiveram o maior aumento entre as centenas de produtos e serviços investigados para formar o IPCA (40,36%) e foram a principal pressão de alta individual no índice.
Por outro lado, a gasolina em queda (-2,32%) foi o item que, individualmente, mais ajudou a conter o IPCA de outubro na Região Metropolitana de Salvador.