A expansão da fronteira agrícola, sobretudo no Oeste da Bahia, foi o processo que mais modificou o uso e cobertura da terra no estado, nos últimos 18 anos. Entre 2000 e 2018, o território baiano destinado à agricultura cresceu 87,4%, passando de 16.808 para 31.490 km². Isso representou um acréscimo de 14.682 km² de área agrícola no período, o 6º aumento absoluto entre os 27 estados e o maior do Nordeste. Mesmo em termos relativos, o crescimento da área agrícola na Bahia (87,4%) ficou entre os dez maiores do país, em nono lugar. As informações são do IBGE.
Nesse “top-10” de crescimento percentual na área ocupada por agricultura estão os estados que, ao lado da Bahia, formam o Matopiba. A região é atualmente uma das principais fronteiras agrícola do Brasil e também engloba partes do território do Maranhão (crescimento de 185,8% na área destinada à agricultura entre 2000 e 2018, mais 8.300 km²), Tocantins (crescimento de 371,6% ou +10.958 km²) e Piauí (crescimento de 264,0% ou +8.740 km²).
Em termos absolutos, os maiores incrementos de área agrícola, entre 2000 e 2018, ocorreram em Mato Grosso (50.616 km²), São Paulo (+22.290 km²) e Goiás (+19.619 km²). No outro extremo, Amazonas (-97 km²), Acre (-23 km²) e Rio de Janeiro (-23 km²) tiveram reduções na porção de seu território dedicada a essa atividade econômica.
Apesar do importante avanço da fronteira agrícola, a Bahia tinha, em 2018, só 5,6% dos seus 564.723 km² ocupados pela agricultura (eram 3,0% em 2000). Era apenas a 12a participação entre os 27 estados, num ranking liderado por São Paulo (40,8% do território ocupado pela agricultura), Paraná (35,9%) e Rio Grande do Sul (34,3%).
O segundo tipo de uso do solo que mais se expandiu na Bahia, entre 2000 e 2018 foi a pastagem com manejo. A área ocupada por essa atividade passou de 48.820 para 55.450 km², num crescimento de 13,6%, que representou mais 6.630 km² ocupados por pastagens no estado, em 18 anos.
As áreas de pastagem com manejo ocupavam, em 2018, parte mais expressiva do território baiano do que a dedicada à agricultura, 9,8% do total, com presença mais intensa no Centro-Norte e na porção Sul do estado.