A Bahia experimentou um crescimento notável nas exportações de cacau em 2024, destacando-se tanto no valor quanto no volume exportado. O estado alcançou um total de US$434 milhões em exportações, o que representa um aumento impressionante de 119% em relação ao ano anterior, 2023. Esse crescimento é um reflexo de uma dinâmica global de mercado que favoreceu a commodity, principalmente por meio de uma valorização substancial do preço do cacau.
O volume exportado também teve um incremento, passando de 45,4 mil toneladas em 2023 para 46 mil toneladas em 2024, conforme dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Esse pequeno aumento em volume sugere uma otimização nas operações de comercialização, com um foco na maximização dos lucros em um mercado cada vez mais competitivo.
A principal explicação para o crescimento expressivo do valor das exportações está atrelada à alta nas cotações internacionais do cacau. Em 2024, o preço da amêndoa alcançou recordes históricos, com um aumento de até 150% em relação ao ano anterior. Esse fenômeno pode ser explicado por uma combinação de fatores: o aumento na demanda global por cacau e a redução da oferta, provocada por questões climáticas e fitossanitárias em regiões produtoras chave, como a Costa do Marfim.
Este cenário evidencia não apenas a força do setor de cacau na Bahia, mas também a sua capacidade de se beneficiar de condições externas favoráveis. No entanto, a volatilidade do mercado internacional, impulsionada por fatores como mudanças climáticas e oscilações na demanda, continua sendo um fator de risco para a sustentabilidade desse crescimento.