O Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian mostrou que novembro deste ano teve o pior cenário de negativação desde 2016, início da série histórica do índice. Foram registrados 6.392.011 negócios no vermelho, sendo 1.056.024 deles no Nordeste. Na Bahia, são 330.376 empresas – 1.910 a mais em relação a outubro. Na análise por unidades federativas (UFs), Exceto por Alagoas, todos os estados bateram recorde de negócios com contas a pagar vencidas. Confira no gráfico abaixo o levantamento regional completo:
Além disso, desde o início de 2022, o índice não marcou nenhuma queda e o cenário de inadimplentes apenas se agravou. Veja a evolução completa no gráfico a seguir:
Ranking das Unidades Federativas
São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul completam o ranking de unidades federativas com mais empresas inadimplentes no país. Observe o levantamento completo por UFs abaixo:
Recorde em quantidade e valor das dívidas
Ainda de acordo com o indicador, a quantidade de dívidas e o valor acumulado delas também registraram recordes históricos. Foram 45 milhões de débitos negativados no período, totalizando R$ 108 bilhões. Cada CPNJ no vermelho tinha cerca de 7 dívidas a pagar.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a melhora desse quadro de inadimplência das empresas depende de uma reação em cadeia. “Para que esse cenário mostre uma visão mais positiva é necessário que os consumidores consigam sair da inadimplência, aumentem seu poder de compra e comecem a honrar com seus compromissos financeiros, além de consumir mais. Esses dois fatores deverão contribuir para o fluxo de caixa dos negócios que, só então, conseguirão se organizar financeiramente”.
A análise por setor revelou que mais da metade das empresas inadimplentes atua no segmento de Serviços (53,5%). Em sequência está a parcela do Comércio (37,5%), Indústria (7,7%), setor Primário (0,8%) e Outros (0,4%).
Outro recorte mostrou em quais segmentos os empreendimentos inadimplentes mais adquiriram suas dívidas. O destaque ficou para a categoria “Outros”, que engloba em sua maioria Indústrias, além de empresas do terceiro setor e do agronegócio. Os débitos também mostram alto nível de aquisição na área de Serviços e Bancos e Cartões. Veja no gráfico abaixo as informações na íntegra: