O Produto Interno Bruto (PIB) de Salvador foi estimado, em 2019, em R$ 63,804 bilhões. Frente a 2018, quando o valor havia sido de R$ 63,534 bilhões, houve um pequeno avanço nominal (considerando a variação dos preços), de 0,4%. Essa taxa de crescimento nominal foi a mais baixa para a capital baiana em toda a nova série histórica do PIB dos Municípios, iniciada em 2002 pelo IBGE. Foi também a menor taxa de crescimento nominal do PIB entre as capitais brasileiras.
O crescimento nominal da economia soteropolitana, entre 2018 e 2019 (0,4%), só ficou acima dos recuos verificados em Vitória/ES (-15,3%), São Luís/MA (-4,4%) e Rio de Janeiro (-2,3%) – nos casos de Vitória e Rio de Janeiro, fortemente influenciados pelo desempenho da indústria extrativa, que, nacionalmente, teve retração de 9,1% no período. No outro extremo, as capitais com os maiores crescimentos nominais do PIB, entre 2018 e 2019, foram Palmas/TO (10,8%), Curitiba/PR (10,3%) e Manaus/AM (8,6%).
Por conta do baixo crescimento, Salvador perdeu duas posições no ranking nacional do PIB dos municípios, do 10º lugar em 2018 para o 12º em 2019, tendo sido ultrapassada por Campinas/SP (PIB de R$ 65,9 bilhões) e Guarulhos/SP (R$ 65,2 bilhões), entre um ano e outro.
Levando em consideração apenas as capitais, Salvador manteve o 9º maior PIB em 2019. Entretanto também continuou em 2º lugar no Nordeste, atrás de Fortaleza/CE (PIB de R$ 67,4 bilhões), que havia superado a capital baiana em 2018 e ampliou a vantagem no ano seguinte: de R$ 2,8 bilhões para R$ 3,6 bilhões a mais do que o PIB soteropolitano.
Dentre os 10 municípios com maiores PIB no país, apenas Osasco/SP (R$ 81,9 bilhões) e Campinas/SP não são capitais. O município de São Paulo/SP tem, historicamente, o maior valor, R$ 763,8 bilhões em 2019, representando 10,3% do PIB brasileiro – e 12 vezes o PIB soteropolitano.
O desempenho da economia soteropolitana também levou a capital a ter, de 2018 para 2019, a 6ª maior perda de participação no PIB nacional, dentre todos os 5.570 municípios brasileiros: passando de 0,91% para 0,86%.
O Rio de Janeiro/RJ liderou esse movimento de perda de participação, caindo de 5,19% para 4,80% do PIB do Brasil, entre 2018 e 2019. Em seguida vieram Vitória/ES (de 0,36% para 0,29%) e Campos dos Goytacazes/RJ (de 0,46% para 0,39%) – os três sob influência marcante da indústria extrativa.
Além de Salvador, a Bahia teve outros 4 municípios entre os 30 que mais perderam participação no PIB brasileiro, nesse período: São Desidério (18ª maior perda), Formosa do Rio Preto (24ª), São Francisco do Conde (25ª) e Mucuri (29ª).
Administração pública
O baixo crescimento nominal do PIB de Salvador, entre 208 e 2019, e a manutenção da perda de participação da capital baiana no cenário regional e nacional se explicam pela queda nos valores gerados por quase todos os setores produtivos, no período.
De um ano para o outro, a indústria de Salvador teve retração nominal de 2,7%, gerando um valor adicionado bruto de R$ 6,7 bilhões em 2019; a agropecuária recuou 1,0%, gerando R$ 43,6 milhões; e os serviços privados (que excluem a administração pública) também tiveram queda nominal de 1,0%; chegando a um valor adicionado bruto de R$ 39,3 bilhões em 2019.
Apenas a administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, que integra o grande setor dos serviços, teve crescimento nominal do valor gerado entre 2018 e 2019, de 7,3%, indo a R$ 9,1 bilhões.
Somando os serviços privados e a administração pública, os serviços como um todo mostraram um avanço nominal de 0,5% entre 2018 e 2019, na capital baiana, gerando um valor de R$ 48,4 bilhões.
O setor representava 75,9% do PIB soteropolitano em 2019 (sendo 61,6% relativos aos serviços privados e 14,3% à administração pública). Em seguida, a indústria respondia por 10,6% e a agropecuária, por 0,1%. O total se completava com os impostos, líquidos de subsídios, que somaram R$ 8,6 bilhões em 2019, com aumento nominal de 2,8% frente a 2018, representando 15,3% do PIB de Salvador.