O rendimento de trabalho dos homens caiu 13,2% (de R$ 1.771 para R$ 1.538) na passagem de 2017 para 2018, enquanto o das mulheres subiu 2,5% (de R$ 1.344 para R$ 1.377). Assim, embora as trabalhadoras ainda ganhem em média menos, a diferença salarial por sexo no estado caiu de 24,1% para 10,5% em um ano, chegando a seu menor patamar desde 2012. Os dados doram divulgados hoje pelo IBGE.
A diferença de 10,5% entre os rendimentos médios de trabalho de homens e mulheres na Bahia é quase a metade da verificada no país como um todo. No Brasil, em 2018, as mulheres ganhavam em média 21,2% menos que os homens (R$ 1.938 para elas frente a R$ 2.460 para eles). Esse percentual também sofreu uma leve redução em relação a 2017, quando era de 22,9%.
A Bahia tinha, em 2018, a 6ª menor diferença salarial entre mulheres e homens do país. Em Roraima e no Amapá, as mulheres ganhavam em média mais (7,9% e 6,6%, respectivamente). Por outro lado, a diferença era maior em Mato Grosso (onde as mulheres ganhavam em média 28,6% menos que os homens ), no Distrito Federal (-27,0%) e no Paraná (-25,8%).
A desigualdade salarial por cor ou raça também teve redução importante em 2018, na Bahia. Em relação a 2017, apenas os trabalhadores de cor preta tiveram aumento real de salário (+14,4%, de R$ 1.237 para R$ 1.415), enquanto o salário médio dos pardos caiu (-8,2%, de R$ 1.423 para R$ 1.307) e o dos brancos recuou ainda mais (-17,6%, de R$ 2.511 para R$ 2.069).
Por isso, diminuiu a diferença tanto entre os rendimento de trabalho de pardos e brancos (de -43,3% em 2017 para – 36,8% em 2018) quanto entre o dos pretos e o dos brancos (de – 50,7% para -31,6%).
Pela primeira vez desde 2012, a desigualdade salarial entre pretos e brancos ficou menor do que a verificada ente os pardos e os brancos, no estado.
Nível superior
A diferença no rendimento médio de todos os trabalhos por nível de instrução também sofreu uma discreta redução em 2018, na Bahia. O salário dos trabalhadores com nível superior completo caiu 22,1% em relação a 2017, passando de R$ 4.919 para R$ 3.830. Por outro lado, os trabalhadores que tinham apenas o nível médio completo tiveram um aumento real de 4,6% nesse período (de R$ 1.296 para R$ 1.355).
Ainda assim, um trabalhador de nível superior recebia por mês quase o triplo do que ganhava um que tinha concluído o nível médio (2,8 vezes). Essa diferença já foi maior no estado. Em 2017, o salário médio de alguém com nível superior, na Bahia, era quase quatro vezes o de uma pessoas com nível médio (3,8 vezes).
No Brasil como um todo a desigualdade de rendimento por nível de instrução praticamente não mudou. Em 2018, uma pessoa com nível superior recebia em média R$ 4.997 por mês, o equivalente a 2,8 vezes o rendimento de quem tinha apenas o ensino médio (R$ 1.755). Em 2017, os mais instruídos ganhavam 2,9 vezes o que recebiam os trabalhadores com nível médio.