O Produto Interno Bruto (PIB) baiano cresceu 1,9%, na comparação com o primeiro trimestre de 2017, indicado retomada na dinâmica da atividade econômica do estado. No entanto, esta retomada de dinâmica está basicamente associada ao bom desempenho do setor agropecuário, o qual tem demonstrado indicadores de recuperação em relação ao ano anterior. Já na comparação com o segundo trimestre de 2016, o indicador apontou crescimento de 2,4%. No que se refere ao Brasil, os dados indicaram que houve expansão de 0,2% na comparação com o primeiro trimestre de 2017 e de 0,3% na comparação com o segundo trimestre de 2016.
Divulgado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), o desempenho do PIB baiano no segundo trimestre de 2017 foi influenciado particularmente pelos bons números do setor agropecuário. De acordo com os cálculos realizados, a agropecuária baiana registrou expansão de 33% no valor adicionado no segundo trimestre de 2017. Essa expansão é resultado do bom desempenho em culturas tradicionais e que tem grande peso na atividade econômica baiana no período, a exemplo do café, a qual aponta expansão de 50% na produção, assim como nas culturas de soja (60%), feijão (66%) e algodão (2%). Por outro lado, a cultura de cacau aponta para retração de 10% no segundo trimestre de 2017.
Ao contrário do setor agropecuário, o industrial continua refletindo os efeitos do baixo dinamismo da economia brasileira, com retração em todas as atividades. No segundo trimestre, este setor apontou retração de -6,7%, com destaque para o recuo de 12,8% no setor de extração mineral, particularmente pela redução da produção – por parte da Petrobras – de petróleo e gás; a produção de energia elétrica também tem impactado negativamente sobre o setor, onde se verificou retração de -6,3% nesse segmento, neste caso, em decorrência dos problemas decorrentes do baixo nível do reservatório de Sobradinho e, particularmente, pela queda no consumo de energia elétrica e gás natural.
Construção civil
A construção civil também registrou taxa negativa (-6,3%), sendo afetada, sobretudo, pelo baixo nível na oferta de novos empreendimentos imobiliários – há de se destacar que os investimentos públicos tem garantido que o desempenho desse setor não seja ainda mais negativo; finalmente, o segmento de transformação, o de maior peso dentro do setor, o qual também apontou retração no segundo trimestre (-6%), sendo influenciado pela queda na produção de importantes subsegmentos (bebidas, refino de petróleo, produtos químicos, metalurgia e equipamentos de informática).
O setor de serviços, principal da economia baiana, registrou expansão de 0,5% no segundo trimestre. Comércio (1,2%), atividades imobiliárias (1,3%) e transportes (1,0%) foram os segmentos que mais impulsionaram positivamente o setor. Já a administração pública (-0,2%) contribuiu de forma negativa para o valor adicionado do setor.