O Brasil é um dos países com o maior número de empreendedores do mundo, ocupando o 7º lugar em um ranking divulgado pelo Sebrae e pelo IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade). Esse espírito empreendedor do brasileiro também é visto nas periferias, onde o empreendedorismo periférico vem ganhando cada vez mais força e se destacando pelo seu papel fundamental na transformação das comunidades.
Segundo uma pesquisa realizada pela Data Favela que foi apresentada no Expo Favela Innovation, 68% das pessoas desejam abrir um negócio na própria comunidade onde moram. Para pessoas com mais de 50 anos esse índice sobe para 19%.
Estima-se que 7,9 milhões de pessoas residem em favelas atualmente no Brasil e ainda, segundo a pesquisa do Data Favela, pessoas moradoras de comunidades brasileiras movimentaram cerca de 202 bilhões de reais somente em 2022.
O que é empreendedorismo periférico
O empreendedorismo periférico consiste em negócios que surgem nas periferias com o objetivo de suprir demandas específicas de um local, gerando renda e empregos em locais menos favorecidos da sociedade. Geralmente são negócios fundados pelos próprios moradores que não têm acesso a determinados itens e veem uma forma de ganhar dinheiro e ajudar sua comunidade.
Segundo uma pesquisa do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV), realizada em 2021, foi revelado que as desigualdades sociais refletem diretamente no empreendedorismo nas periferias. Os dados apontam que as empresas periféricas têm, em média, 37 vezes menos capital e as receitas são em média 21 vezes menores.
Qual a importância do empreendedorismo periférico para as comunidades
O empreendedorismo periférico traz inúmeros benefícios para as comunidades, ajudando a criar um ambiente de inovação e diversidade, além de promover a inclusão social de muitas pessoas que não possuem oportunidades. As empresas criadas na periferia também ajudam a movimentar a economia local, geram empregos, reduzem a desigualdade social e criam um estímulo ao desenvolvimento local.
Esses projetos têm o poder de interferir positivamente na realidade de pessoas que muitas vezes são ignoradas pelo sistema e mudar a realidade e as condições de vida de toda uma comunidade. Os dados da Data Favela mostram que existem inúmeros tipos de negócios nas favelas. Entre os tipos de negócios mais comuns estão:
● 15% restaurantes e alimentação;
● 10% beleza, saúde e estética;
● 8% roupas e acessórios;
● 6% revenda de produtos, serviços domésticos e limpeza, docerias e sorveterias.
Existem muitas possibilidades para pessoas que residem em periferias e muitos tipos de negócios que podem ser abertos, incluindo empreendimentos relacionados ao cuidado de animais, ideais para pessoas formadas em uma faculdade de veterinária, negócios relacionados à tecnologia, entre muitos outros, que ajudam a alavancar a economia local.
Crescimento do empreendedorismo na Bahia
Durante a pandemia, o empreendedorismo foi a saída para muitos baianos, em especial para os mais pobres, grupo fortemente atingido pelos efeitos econômicos do lockdown.
De acordo com números do governo federal, no dia 31 de maio de 2021, o estado tinha 749.612 MEIs. Pouco mais de um ano antes, em 30 de junho de 2020, eram 661.582. Uma diferença de 88.030 novos empresários. As principais áreas de atuação dos novos empreendedores são comerciante varejista de artigos do vestuário e acessórios, cabeleireiro e promoção de vendas.
Atualmente, sem pandemia e com o retorno do turismo, o mercado de artesanato é que toma força, com aumento de 20% no último ano – são 3 mil novos artesãos na Bahia em 2023, informa a coordenação de Fomento ao Artesanato da Bahia.
Seguinte observação, foi de que no meu entendimento sobre as questões relacionadas sobre em geral , que o empreendedorismo nas perifericas, clases baixas , sao muito pouco investimento nos negócios, devido nao ter tanto apoio, recursos , mas os mines empreededores se esforçam para levar o comércio adiante , mesmo com baixo custo e investimentos. Concluo .