A sétima estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) em 2024 prevê, em julho, que a produção deve chegar a 11.310.734 toneladas neste ano. Isso representa uma redução de 6,9% (ou menos 837.324 t) em relação ao recorde de 2023 (12.148.058 toneladas). Frente à estimativa de junho, porém, houve leve revisão positiva na safra baiana de grãos, que variou 0,1% de um mês para o outro (+9.650 toneladas).
Em 2024, o milho deve ter a maior redução da safra frente a 2023, na Bahia. A produção baiana do milho 1ª safra deverá ser de 1.551.090 toneladas, 34,0% menor do que a safra 2023 (2.349.720 t). Já a 2ª safra do milho deverá ser de 700.000 toneladas, 6,1% menor do que a de 2023 (745.200 t).
Porém, a 2ª safra do milho registrou leve revisão positiva frente à previsão de junho (+2,8% ou +18.790 t). Isso se deu por conta do aumento de 7,4% na área plantada, que chegou a 290.000 hectares. Porém, o rendimento médio do grão em julho (2.414 kg/hectare) ainda é 12,5% menor que em 2023 (2.760 kg/hectare).
A soja, principal produto agrícola baiano, que representa dois terços (66,6%) de toda a safra de grãos do estado, também segue com previsão de queda frente ao ano passado. Em julho, a estimativa é que, em 2024, a Bahia produza 7.532.100 toneladas de soja, 0,4% a menos do que o colhido em 2023 (7.565.940 toneladas). A diminuição da produção baiana do grão, frente ao ano anterior, se dá, principalmente, pela queda no rendimento médio, de 3.972 para 3.707 kg/hectare (-6,7%).
Entre junho e julho, o feijão 2ª safra registrou uma queda de 9,3% na estimativa da safra 2024, chegando a 89.200 toneladas. Com isso, a previsão para este ano passou a ser 6,4% menor do que o volume colhido em 2023 (95.280 t).
A redução na previsão se dá, tanto por queda de 5,3% na área plantada (que chegou a 180.000 hectares), quando por uma redução de 4,2% no rendimento médio do grão (que ficou em 496 kg/hectare).
Brasil
A queda na produção de grãos na Bahia, em 2024, segue o previsto também para o Brasil como um todo. A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve ser de 298,0 milhões de toneladas neste ano, segundo a estimativa de julho. Isso representa uma redução de 5,5% frente à obtida em 2023 (315,4 milhões de toneladas). Na comparação com a estimativa de junho, porém, houve aumento de 0,7% (mais 2,2 milhões de toneladas, de um mês para o outro).
Mesmo com a previsão de colher 6,9% menos em 2024, a Bahia ainda deve manter a sétima maior safra de grãos do país, respondendo por 3,8% do total nacional (frente a uma participação de 3,9% em 2023). Mato Grosso continua na liderança (30,6%), seguido por Paraná (13,2%) e Rio Grande do Sul (11,9%).
As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
Produtos investigados
Considerando todos os produtos investigados sistematicamente pelo IBGE na Bahia, a previsão de julho passou a ser de alta em 13 das 26 safras, no estado, em 2024.
Frente a junho, quando a previsão era de alta em 14 safras, a mudança foi no feijão 2ª safra, cuja revisão para baixo (-9,3%) fez com que a estimativa para este ano ficasse menor do que o resultado de 2023.
O maior crescimento absoluto continua o da cana-de-açúcar (+72.310 t, ou +1,3%), seguido pelo do sorgo (+47.970 t ou +42,3%, maior crescimento percentual) e pelo do algodão (+13.875 t, ou +0,8%).
Por outro lado, as maiores quedas absolutas na estimativa para 2024 devem vir do milho 1ª safra (-798.630 t ou -34,0%, também a maior redução percentual), do milho 2ª safra (-45.200 t ou -6,1%) e da soja (-33.840 t ou -0,4%).
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