As exportações baianas cresceram 2,5% em abril, alcançando US$ 647,9 milhões. É o terceiro mês consecutivo de crescimento das vendas externas do estado, estimuladas pelo câmbio favorável e com o consequente aumento dos embarques que cresceram 30% só no mês passado. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan)
Em abril, as exportações foram puxadas pela venda de produtos industrializados, com alta de 5,4% na comparação com abril do ano passado. Destaque para o crescimento dos produtos metalúrgicos com alta de 102,1%, de derivados de petróleo com aumento de 93,7% e pneus com elevação de 16,3%, em relação a igual mês do ano anterior.
O grande volume de compras especulativas que turbinou o mercado de soja em abril e que levantou a cotação média do produto em relação a março, também ajudou no desempenho das exportações no mês passado. A soja e seus derivados lideraram a pauta no mês com vendas de US$ 131,7 milhões e incremento de 1,13%.
Importações – Apesar de a retração econômica interna persistir, as importações baianas cresceram 1,9% em abril, sempre em relação ao mesmo mês de 2015. É o primeiro registro de aumento das importações estaduais desde junho do ano passado.
Embora parte do aumento tenha ocorrido na categoria dos combustíveis (gás e óleo diesel) com incremento de 15,2%, a maior parte ocorreu no setor de bens intermediários (matérias-primas e insumos destinados à indústria), como minério de cobre que teve elevação de 626% e borracha natural (92,1%); e no setor de bens de capital (máquinas e equipamentos), em sua maioria resultante de investimentos em curso na expansão do parque eólico no estado, como as células solares em módulos ou painéis, com incremento de (11.375%); máquinas e aparelhos mecânicos com função própria (18.650%) e conversores elétricos de corrente contínua (11.934%).
No quadrimestre, as exportações baianas alcançaram US$ 2,21 bilhões, ainda inferiores 2,2% comparadas ao primeiro quadrimestre do ano anterior. As importações somaram US$ 2 bilhões no mesmo período, com queda de 40,1% sobre 2015. Diferente do ano passado, quando no período o déficit comercial do estado atingia US$ 1,08 bilhão, este ano há superávit de US$ 208,9 milhões, gerado pela queda das importações.