O Produto Interno Bruto (PIB) nacional cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2019, frente ao trimestre anterior. O resultado foi puxado, principalmente, pelos ganhos da indústria (0,7%) e dos serviços (0,3%). Já a agropecuária caiu 0,4%. Na comparação com o 2º trimestre de 2018, o aumento foi de 1,0%. As informações, que fazem parte do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, foram divulgadas hoje pelo IBGE.
Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,78 trilhão. Na comparação com o 1º trimestre, o crescimento na indústria foi influenciado pela expansão das indústrias de transformação (2,0%) e construção (1,9%). Já as indústrias extrativas registraram recuo (-3,8%) no período.
“Juntas, as indústrias de transformação e construção respondem por cerca de 70% do setor. Além disso, a indústria de transformação tem peso no segmento de bens de capital, que contribuem para os investimentos internos e externos”, explica a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Claudia Dionísio.
Nos serviços, os resultados positivos foram das atividades imobiliárias (0,7%), comércio (0,7%), informação e comunicação (0,5%) e outras atividades (0,4%).
Pela ótica da despesa, as variações positivas ficaram com as despesas de consumo das famílias (0,3%) e a formação bruta de capital fixo (3,2%), enquanto que as despesas de consumo do governo recuaram 1,0%.
PIB aumenta 1,0% em relação ao 2º trimestre de 2018
Na comparação com o 2º trimestre de 2018, o PIB cresceu 1,0%, o décimo resultado positivo seguido nesse tipo de comparação. A agropecuária registrou variação positiva de 0,4%, graças a lavouras como a do algodão e do milho, que tiveram crescimento na estimativa de produção anual de 32,5% e 21,4%, respectivamente.
A indústria também teve expansão, de 0,3%, devido principalmente à atividade de eletricidade e gás, água e esgoto, que cresceu 2,4% por conta do efeito das bandeiras tarifárias. A construção cresceu 2,0%, primeiro resultado positivo após 20 trimestres consecutivos de queda nessa base de comparação. As indústrias de transformação também tiveram crescimento (1,6%) na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Por outro lado, a indústria extrativa (-9,4%) teve sua queda mais acentuada na série histórica.
“A extração mineral ainda sofre os efeitos de Brumadinho e da paralisação de outras barragens para vistoria. As chuvas no Pará também impactaram a indústria de minério de ferro”, explica a gerente de Contas Nacionais.
Os serviços apresentaram aumento de 1,2%, com destaque para os serviços de informação e comunicação (3,0%) e atividades imobiliárias (2,7%). O comércio atacadista e varejista (2,1%) também cresceu.
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias continua puxando o avanço, com expansão de 1,6%, nono trimestre seguido de resultados positivos. A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 5,2%.
“Mais uma vez, vemos o consumo das famílias influenciando a demanda, além de ter puxado o aumento do comércio varejista. Já o comércio por atacado cresceu graças às indústrias de transformação, principalmente a metalurgia e produção de máquinas e equipamentos. Junto com a importação, a produção doméstica de bens de capital e a construção explicam a aceleração da Formação Bruta de Capital Fixo”, conclui Claudia Dionísio.