O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, ficou em 0,29% na Região Metropolitana de Salvador (RMS) em outubro. Ele voltou a acelerar, ou seja, aumentar mais do que no mês anterior, após dois meses em desaceleração (0,17% em agosto e 0,05% em setembro).
A inflação de outubro na RMS (0,29%) ficou levemente acima da registrada no Brasil como um todo (0,24%) e foi a 6ª maior entre os 16 locais investigados separadamente pelo IBGE.
Em outubro, 12 locais registraram aumentos no IPCA, liderados pelos municípios de Goiânia/GO (0,80%) e Brasília/DF (0,62%), e a RM Belo Horizonte/MG (0,45%). Por outro lado, 4 locais apresentaram deflação (queda média dos preços) no mês: o município de São Luís/MA (-0,23%), e as RMs Recife/PE (-0,09%), Belém/PA (-0,06%) e Fortaleza/CE (-0,06%).
Com o resultado do mês, a inflação acumulada no ano de 2023, na RM Salvador, está em 3,79%, passando a ficar ligeiramente acima da nacional (3,75%), sendo a 10ª mais alta do país. Nos 12 meses encerrados em outubro, o IPCA acumula alta de 4,46% na RMS e é o 3º mais baixo entre os 16 locais pesquisados, mantendo-se menor do que no Brasil como um todo (4,82%).
O quadro a seguir mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês e nos acumulados no ano e nos 12 meses encerrados em outubro de 2023.
Habitação e transportes
A inflação registrada em outubro na Região Metropolitana de Salvador (0,29%) foi resultado de aumentos dos preços em 7 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.
O aumento mais elevado no mês e a maior pressão inflacionária vieram da habitação (0,98%), puxada, principalmente, pela taxa de água e esgoto (6,75%). A alta do gás de botijão (1,63%) também colaborou para o resultado geral do grupo.
Já os transportes (0,45%) registraram o quarto maior aumento entre os grupos, mas exerceram a segunda maior pressão inflacionária na RMS em outubro. A passagem aérea (25,85%) foi o item com a maior alta e o que mais puxou para cima o índice da região. Por outro lado, os combustíveis (-1,20%) caíram de preço, com a gasolina (-1,16%) sendo o item que mais freou a inflação da RM Salvador.
Após quatro meses em queda, a alimentação e bebidas (0,11%) voltou a ter leve aumento geral de preços na RMS. O grupo, que é o mais significativo para o consumo das famílias na região, foi puxado pela alta dos tubérculos, raízes e legumes (2,78%), em especial, o tomate (5,19%) e a batata-inglesa (9,44%). Por outro lado, as carnes (-0,73%) e o leite longa vida (-3,27%) registraram novas quedas de preço.
Dois grupos registraram queda média geral de preços na RM Salvador, em outubro: saúde e cuidados pessoais (-0,40%) e comunicação (-0,38%).
A saúde foi o grupo que mais ajudou a frear a inflação da RMS, puxado pela queda dos produtos de higiene pessoal (-1,58%), em especial, do produto para cabelo (-5,65%). Outra redução importante foi a dos produtos farmacêuticos (-0,75%), como o remédio hipotensor e hipocolesterolêmico (-2,62%). Por outro lado, o plano de saúde (0,78%) registrou alta relevante para o índice da região.
Já a queda de preços da comunicação foi puxada, principalmente, pelo aparelho telefônico (-1,85%).