No primeiro trimestre, na Bahia, os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada (exceto empregados domésticos) somavam 1,462 milhão de pessoas. Houve uma discreta variação para cima nesse contingente em relação ao 4º trimestre de 2019, quando os trabalhadores com carteira somavam 1,454 milhão de pessoas, no estado. Frente ao 1º trimestre do ano passado, porém, quando 1,464 milhão de trabalhadores tinham carteira assinada, o número praticamente não se alterou, mostrando ainda um viés de baixa. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) Trimestral, divulgada hoje (15) pelo IBGE.
Por outro lado, 972 mil pessoas eram empregadas no setor privado sem carteira assinada no 1º trimestre deste ano, na Bahia. Esse contingente teve reduções estatisticamente significativas tanto frente ao 4º trimestre de 2019 (-8,6%, eram 1,064 milhão de trabalhadores sem carteira) quanto em relação ao 1º trimestre do ano passado (-9,3%, havia 1,072 milhão de empregados sem carteira no estado).
Já os trabalhadores por conta própria somavam 1,693 milhão no 1º trimestre deste ano, na Bahia, também mostrando leve redução em relação ao 4º trimestre de 2019, quando eram 1,745 milhão de pessoas, mas ainda num viés de alta frente ao 1º trimestre do ano passado (1,675 milhão, menor patamar da série histórica).
Com a redução sobretudo no número de empregados sem carteira, o total de trabalhadores informais na Bahia também mostrou queda.
No 1º trimestre, 3,016 milhões de pessoas ocupadas no estado estavam na informalidade, ou seja, eram empregados sem carteira assinada (inclusive trabalhadores domésticos), empregadores ou trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ ou trabalhadores auxiliares familiares. Isso representava pouco mais da metade de todas as pessoas que trabalhavam (52,9%).
Esse número diminui tanto em relação ao 4º trimestre, quando havia 3,186 milhões de informais (54,8% dos ocupados), quando na comparação com os três primeiros meses de 2019 (3,115 milhões de informais ou 54,4% dos trabalhadores no estado).
No Brasil como um todo, a informalidade atingia, no 1º trimestre de 2020, 39,9% dos trabalhadores, o que representava 36,8 milhões de pessoas.
Comércio e transportes têm maiores perdas de postos
Na passagem do 4º trimestre de 2019 para o 1º trimestre de 2020, houve diminuição do número de pessoas trabalhando em 6 dos 10 grupamentos de atividade investigados na Bahia. Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-82 mil pessoas); transporte, armazenagem e correio (-36 mil pessoas); e serviços domésticos (-36 mil pessoas) tiveram os saldos mais negativos.
Por outro lado, os setores de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+44 mil pessoas ocupadas) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+41 mil) tiveram os maiores saldos positivos nessa comparação.
As atividades de comércio e transportes também lideraram as reduções no número de ocupados na comparação com o 1º trimestre de 2019, com saldos negativos de -87 mil e -61 mil trabalhadores, respectivamente.
Os maiores saldos positivos nesse confronto anual também vieram da administração pública (+89 mil pessoas trabalhando) e das atividades agropecuárias (+65 mil ocupados).