O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em -0,03% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), em novembro, numa leve deflação e bem abaixo da variação de outubro (0,64%) e do 0,23% registrado em novembro de 2016.
O IPCA-15 da RMS, em novembro, foi bem menor que a média do país (0,32%) e a segunda prévia da inflação mais baixa dentre as 11 regiões pesquisadas, acima apenas da Região Metropolitana Fortaleza (-0,05%). Goiânia (1,62%), Região Metropolitana de São Paulo (0,44%) e Região Metropolitana de Porto Alegre (0,33%) tiveram as maiores variações do IPCA-15 no mês.
Com o resultado de novembro, no acumulado em 12 meses, o IPCA-15 da Região Metropolitana de Salvador ficou em 2,49%, voltando a desacelerar em relação aos 12 meses encerrados em outubro, quando havia chegado a 2,76%, e ficando abaixo da média nacional (2,77%).
No ano de 2017, o índice acumula alta de 2,44%, mostrando leve desaceleração em relação aos 2,47% acumulados até outubro e voltando a ficar abaixo da média nacional (2,58%). O IPCA-15 da RMS acumulado nos 11 meses deste ano (2,44%) é quase 1/3 do índice do mesmo período de 2016 (6,91%) e o menor acumulado de janeiro a novembro da série regional do IPCA-15, iniciada em 2012. Os dados relativos ao IPCA-15 foram divulgados hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Alimentos e bebidas
Dos nove grupos de produtos e serviços que formam o IPCA-15, só 3 tiveram reduções médias de preços em novembro, na Região Metropolitana de Salvador: Alimentação e bebidas (-0,87%); Artigos de residência (-0,91%) e Educação (-0,04%).
Com a maior deflação do país, os alimentos (-0,87%) foram os grandes responsáveis pela queda do IPCA-15 de Salvador no mês, com influência forte da redução dos preços médios da alimentação do domicílio (-1,34%). Os alimentos têm o maior peso nas despesas familiares da região metropolitana (quase 30,0%), por isso qualquer movimento do grupo tem grande impacto no índice geral de preços.
Nos primeiros 15 dias de novembro, alimentos importantes no consumo diário das famílias tiveram fortes recuos de preços, como a farinha de mandioca (-8,71%), o açúcar cristal (-12,18%) e o feijão carioca (-24,74%), item que, individualmente, mais contribuiu para a leve queda do IPCA-15 da RMS no mês.
Ainda assim, a alimentação fora de casa segue em alta (0,2%), com influência importante das refeições fora (almoço ou jantar), que tiveram aumento de 1,08% na prévia da inflação de novembro. Dentre os artigos de residência, tanto os móveis e utensílios (-0,91%) quando os eletroeletrônicos (-0,96%) apresentaram reduções dos preços médios.
Principais pressões de alta
Reproduzindo o cenário nacional, as despesas com Habitação (0,71%) exerceram a principal pressão de alta no IPCA-15 de novembro, na Região Metropolitana de Salvador, influenciadas sobretudo pelo aumento da energia elétrica (2,76%). Isso porque o novo valor do patamar 2 da bandeira vermelha entrou em vigor no dia 1º de novembro e passou a adicionar R$ 5,00 para cada 100kwh consumidos.
Com o aumento da gasolina (2,41%), item que individualmente mais puxou o IPCA-15 de novembro para cima na RMS, os Transportes (0,28%) também pressionaram a prévia da inflação no mês. Além deles, os artigos de vestuário (0,64%), com influência importante dos calçados e acessórios (1,94%) e das roupas femininas (1,34%) foram uma terceira pressão de alta importante em novembro.