A Companhia de Ferro Ligas da Bahia (Ferbasa) – líder em produção de ferroligas e única produtora integrada de ferrocromo das Américas – encerrou o primeiro trimestre deste ano com um lucro líquido de R$131,6 milhões. Este número representa uma queda de 13,4% em relação ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2022). Na comparação com igual período de 2022 (R$252,3 milhões), a redução foi ainda maior: de 47,8%.
Ainda de acordo com o balanço, divulgado na última quinta-feira (11/5), a receita líquida da empresa alcançou, no 1T23, R$716,4 milhões, sem alteração relevante (+0,3%) quando comparado ao 4T22. Em relação ao 1T22 houve queda de 2,9%.
A geração de caixa e equivalentes de caixa e de aplicações financeiras somaram R$109,7 milhões no 1T23, com uma reserva financeira consolidada de R$1,39 bilhão no mesmo período. Assim, o caixa líquido passou de R$943,1 milhões no 4T22 para R$ 1,06 bilhão no 1T23.
O balanço mostra ainda que, de janeiro a março deste ano, a Ferbasa produziu 70,2 mil toneladas de ferroligas, um decréscimo de 9,3% em relação ao 4T22, resultado do recuo de 8,9% da produção de ligas de cromo e de 10,2% das ligas de silício.
No caso do ferrossilício alta pureza, a redução foi de 4,1% no mesmo período. “Todas as variações de produção estão alinhadas às condições dos estoques e ao plano de comercialização”, disse a empresa em nota ao mercado.
Em função de paradas para manutenções nos fornos, no 1T23, a Ferbasa utilizou 76,7% da capacidade instalada, numa retração de 7 pontos percentuais em relação ao 4T22.
Vendas
Foram comercializadas 73,4 mil toneladas de ferroligas no primeiro trimestre do ano, volume 10% maior que o 4T22. Tal variação, informou a companhia, foi influenciada pelo aumento expressivo de 44,9% nas vendas para o mercado externo e pela redução de 15,9% nos volumes destinados ao mercado interno, “o que reafirma a capacidade da companhia em adaptar seu mix de comercialização às oscilações de mercado”.
Já geração líquida de energia elétrica nos parques da BW Guirapá foi de 65,3 MW médios, patamar 34,3% superior ao 1T22 e 12,1% acima dos 58,2 MW médios relacionados à energia contratada para o trimestre. Os efeitos climáticos foram o principal destaque positivo, aumentando em 9,6 MW médios a geração bruta prevista.