A economia da Bahia contabilizou no primeiro trimestre deste ano 24.987 novas empresas, o que representa uma queda de 1,10% em relação a igual período do ano passado. De acordo com os dados da Serasa, divulgados agora pela manhã, o estado ficou na quinta posição no ranking de abertura de novos empreendimentos no período de janeiro a março, atrás de São Paulo (145.324), Minas Gerais (58.271), Rio (54.641), Paraná (33.274) e Rio Grande do Sul (30,.764).
No primeiro trimestre de 2016, o país contabilizou 516.201 novas empresas, o maior registro para o período desde 2010, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. O número é 7,5% maior que no primeiro trimestre de 2015, quando foram registrados 480.364 nascimentos. Em março, houve ligeira queda de 0,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 184.560.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o aumento de novas empresas no primeiro trimestre foi puxado pelo surgimento de novos microempreendedores individuais. Este movimento tem sido determinado, principalmente, pela perda de postos formais no mercado de trabalho por causa da recessão econômica, impulsionando trabalhadores desempregados a buscarem, de forma autônoma e formalizados, alternativas econômicas para a geração de renda.
Natureza jurídica – No primeiro trimestre de 2016 o número de Microempreendedores Individuais (MEIs) totalizou 413.555, crescimento de 14,0% sobre o mesmo período de 2015, quando 362.804 novos MEIs surgiram. Observa-se, inclusive, um aumento crescente dos MEIs entre todas as naturezas jurídicas apuradas no decorrer dos anos. No mês de março de 2016 o número de MEIs totalizou 148.673, crescimento de 16,5% sobre março de 2015, quando 134.803 novos MEIs surgiram.
Os MEIs foram a única natureza jurídica a apresentar crescimento no trimestre, enquanto as demais tiveram decréscimo. O número de nascimentos em Empresas Individuais apresentou queda de 13,8% no período, com 38.553 companhias nascidas, contra 44.718 no mesmo trimestre do ano anterior. As Sociedades Limitadas também registraram diminuição nos nascimentos de um trimestre para outro, de 48.012 para 39.994, queda de 16,7%. O nascimento de empresas de outras naturezas teve queda de 2,9% e totalizou 24.099.
[box type=”note” align=”alignleft” class=”” width=””]O Sudeste foi a primeira região em número de novos negócios no primeiro trimestre de 2016, com 258.971 empresas ou 50,2% do total. A Região Nordeste ocupou o segundo lugar, com 16,3% (36.830 empresas) e a Região Sul ficou em terceiro lugar, com 16,0% de participação e 82.507 novas companhias. O Centro-Oeste registrou a abertura de 44.332 empresas ou 8,6% de participação, seguido pela Região Norte, com 25.204 novos empreendimentos ou 4,9% do total de negócios inaugurados em fevereiro/2016.[/box]
Setores – O setor de serviços continuou sendo o mais procurado pelos empreendedores, no primeiro trimestre de 2016, com a abertura de 324.984 novas empresas no segmento, o equivalente a 63,0% do total de nascimentos. Em seguida, 146.830 empresas comerciais (28,4% do total) surgiram nos três primeiros meses do ano e, no setor industrial, foram abertas 43.163 empresas (8,4% do total).
O indicador revela um crescimento constante na participação das empresas de serviços no total de negócios que surgiram no país nos últimos seis anos, passando de 53,5% (março de 2010) para 63,0% (março de 2016). Por outro lado, a participação do setor comercial tem recuado gradativamente: de 35,0%, em março de 2010, para 28,4%, em março deste ano. Já a participação das novas empresas industriais se mantém estável.