Cerca de 4 mil toneladas de carga com chapas de aço chegaram ao Porto de Salvador ontem, no navio Guanabara Bay. A matéria-prima tem uso na fabricação de torres, contribuindo para a cadeia produtiva da indústria eólica do país. Toda a operação de desembarque está estimada em 24 horas, envolvendo quase 90 profissionais portuários.
As chapas saíram do Porto de Vitória (ES), em navegação de cabotagem, e, depois de deixarem os armazéns do Porto da capital baiana, vão para a fábrica da Torrebras, subsidiária brasileira da Windair (Espanha), em Camaçari. De lá sai a torre, elemento de sustentação da turbina, conjunto que se somam aos demais para viabilizar a geração de energia limpa nos parques do Nordeste.
De acordo com o Boletim Anual de Geração Eólica, da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), até o final de 2016, o país abrigava 430 usinas que, juntas, contabilizam 10,75 GW de capacidade instalada. Ainda segundo o mesmo levantamento, o Brasil ultrapassou a Itália no ranking mundial de capacidade instalada, elaborado pela GWEC, e ocupa a 9ª posição.
De janeiro a setembro desse ano, quase 22 mil toneladas em chapas de aço chegaram ao Estado pelo Porto de Salvador. No comparativo, o acumulado supera o total desse tipo de operações em 2016, pouco mais de 11 mil toneladas.