O custo da cesta básica na capital baiana registrou elevação de 2,02% em julho em relação a junho e passou a custar R$ 357,28, contra os R$ 350,22 registrados no mês anterior. Este é o segundo menor valor dentre as 27 capitais onde o pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza a pesquisa. Na variação em 12 meses, os gêneros alimentícios apresentaram redução de 5,99% em Salvador, de agosto de 2016 a julho de 2017.
Em julho, as reduções foram registradas no preço médio do açúcar (-4,63%), do óleo de soja (-3,40%), do leite (-2,44%), da banana da prata (-1,56%), do feijão carioquinha (-0,30%), e da carne (-0,24%). Por sua vez, os aumentos ocorreram no preço da farinha (16,10%), do tomate (12,73%), do arroz branco (2,74%), do café (1,94%), da manteiga (1,78%), e do pão francês (0,74%).
Em julho de 2017, o trabalhador soteropolitano remunerado pelo salário mínimo, comprometeu 83 horas e 53 minutos de sua jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais. Em junho, houve um comprometimento menor. Naquele mês, foram necessárias 82 horas e 14 minutos. Quando se compara o custo da cesta em relação ao salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, isto é, R$862,04, o comprometimento foi de 41,44% em junho, percentual menor que os 40,62% de junho.
Outras capitais
A variação do custo do conjunto de alimentos essenciais mostrou comportamento diferenciado nas capitais do país. Em 14 capitais brasileiras houve diminuição e em outras 13, aumento, segundo dados do Dieese. As quedas mais expressivas foram registradas em Recife (-3,26%), Boa Vista (-3,06%), João Pessoa (-2,26%) e Fortaleza (-1,91%). Já as maiores elevações foram observadas em Belo Horizonte (2,35%), Porto Alegre (2,23%), Salvador (2,02%) e Palmas (1,81%).
Porto Alegre foi a cidade com a cesta mais cara (R$ 453,56), seguida por São Paulo (R$ 445,83), Florianópolis (R$ 439,87) e Rio de Janeiro (R$ 425,62). Os menores valores médios foram observados em Rio Branco (R$ 332,06) e Salvador (R$ 357,28).
Em 12 meses, todas as cidades acumularam diminuição nos valores da cesta. As taxas negativas mais expressivas foram as de Boa Vista (-15,94%), Campo Grande (-11,20%) e Cuiabá (-10,73%).
Entre janeiro e julho de 2017, o custo da cesta apresentou queda em 18 capitais, com destaque para Rio Branco (-13,63%), Manaus (-8,51%), Cuiabá (-7,32%) e Campo Grande (-6,34%). As maiores altas acumuladas foram registradas em Aracaju (4,17%), Recife (3,93%) e São Luís (3,24%).
Salário mínimo
Com base na cesta mais cara, que, em julho, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em julho de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.810,36, ou 4,07 vezes o mínimo de R$ 937,00. Em junho de 2017, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.727,19, ou 3,98 vezes o mínimo vigente. Em julho de 2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 3.992,75, ou 4,54 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 880,00.