O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 1,10% na Região Metropolitana de Salvador (RMS) em outubro. Pela terceira vez consecutiva, o índice mostrou aceleração em relação ao mês anterior (havia sido de 0,89% em setembro, 0,85% em agosto e 0,74% em julho). Foi ainda o maior para um mês de outubro, na RMS, em 19 anos – desde 2002, quando havia ficado em 1,33%.
Ainda assim, seguiu abaixo do verificado no Brasil como um todo (1,20%, o maior para um mês de outubro desde 1995) e foi apenas o 6º entre os 11 locais pesquisados. Em outubro, o IPCA-15 ficou mais alto nas RMs Curitiba/PR (1,58%), São Paulo/SP (1,34%) e Rio de Janeiro/RJ (1,22%).
O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 15 de setembro e 13 de outubro. No acumulado de janeiro a outubro de 2021, o IPCA-15 da RM Salvador está em 7,85%. Segue abaixo do índice do Brasil como um todo (8,30%) e é o 3o mais baixo entre os 11 locais pesquisados. Ainda assim, já é o maior acumulado anual desde 2015, quando, de janeiro a dezembro, o IPCA-15 da RMS havia ficado em 9,53%.
Já nos 12 meses encerrados em outubro, o índice acumula alta de 9,81% na RMS, mantendo aceleração frente ao acumulado nos 12 meses encerrados em setembro (9,08%). Continua, porém, abaixo do indicador nacional, que se manteve acima da barreira dos dois dígitos (10,34%), e é o 4o mais baixo entre as áreas pesquisadas separadamente.
Alimentos
Na prévia de outubro, alimentos (1,41%) voltam a ser principal pressão inflacionária na RMS, seguidos por transportes (1,60%) e habitação (2,40%) O IPCA-15 de outubro na Região Metropolitana de Salvador (1,10%) foi resultado de aumentos nos preços médios em sete dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. Apenas educação (-0,05%) e comunicação (-0,05%) tiveram deflações médias.
O maior aumento médio no mês veio, mais uma vez, de vestuário (2,21%). Entretanto, por ter o maior peso nas despesas das famílias da RMS, o grupo alimentação e bebidas (1,41%) exerceu a principal pressão de alta na prévia da inflação de outubro.
Os preços dos alimentos (1,41%) tiveram, segundo o IPCA-15, o maior aumento médio desde novembro de 2020, quando o índice do grupo na RMS havia sido de 1,75%. Foram puxados pelos produtos consumidos em casa (1,65%), com força maior das aves e ovos (5,02%), carnes (1,25%) e frutas (3,86%). O frango em pedaços aumentou, em média, 6,08%; e o frango inteiro, 5,20%.
A segunda pressão de alta mais intensa, na prévia da inflação de outubro, veio do grupo transportes (1,60%). Ele foi puxado pelas passagens aéreas (43,38%), que tiveram o maior aumento dentre as centenas de produtos e serviços pesquisados para formar o IPCA-15 e também foram o item que individualmente mais contribuiu para o aumento do índice em outubro, na RM Salvador. Além delas, o transporte por aplicativo (15,18%) também foi uma pressão relevante.
Com o segundo maior aumento e a terceira principal contribuição de alta, o grupo habitação (2,04%) seguiu puxado pela energia elétrica (3,41%) e pelo gás de botijão (4,50%).