O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,18% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), em setembro, desacelerando novamente em relação ao registrado no mês anterior (0,23%), mas ficando acima do índice de setembro do ano passado (-0,04%).
O IPCA-15 de setembro na RMS ficou abaixo do país como um todo (0,45%) e teve o menor aumento dentre as 11 áreas pesquisadas. As maiores variações ocorreram em Goiânia (1,10%) e Brasília (0,70%). O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 14 de agosto e 11 de setembro.
No acumulado de janeiro a setembro de 2020, o IPCA-15 da RMS acelerou para 1,83% (havia ficado em 1,65% em agosto). Está acima do índice do Brasil como um todo (1,35%) e continua o 3o mais alto dentre os 11 locais pesquisados.
Nos 12 meses encerrados em setembro, o índice acumula alta de 3,02%, na RM Salvador, também acelerando em relação aos 12 meses encerrados em agosto (2,80%) e se mantendo maior que o indicador nacional (2,65%).
Custos de alimentação e habitação
O IPCA-15 de setembro na Região Metropolitana de Salvador foi resultado de aumentos nos preços médios de cinco dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice.
Os gastos com alimentação e bebidas (1,08%) e habitação (0,93%) foram, nessa ordem, as principais pressões inflacionárias no mês, na RMS.
Entre os alimentos, a principal influência veio das carnes (5,94%), puxadas pela costela (8,72%). Mas também houve altas relevantes em itens como leite longa-vida (8,94%) e óleo de soja (22,42%), que teve o maior aumento dentre as centenas de itens pesquisador pelo IPCA-15.
Entre as despesas com moradia, a principal pressão veio dos combustíveis e energia (1,21%), puxados pelas altas no gás de botijão (2,61%) e na energia elétrica (0,73%).
Dentre os grupos com deflação no IPCA-15 de setembro, na RMS, os destaques foram para saúde e cuidados pessoais (-0,78%) e transportes (-0,52%), que deram as principais contribuições no sentido de conter o índice do mês.
No grupo transportes, o grande destaque foi a queda dos combustíveis (-2,55%), sobretudo da gasolina (-2,66%), item que, individualmente, foi o maior responsável para frear o aumento do índice na região.
Já no caso do grupo saúde e cuidados pessoais, a influência mais importante para conter o IPCA-15 de setembro, na RMS, veio dos planos de saúde (-2,26%), com produtos para pele (-4,20%) também dando uma contribuição relevante.
Apesar do aumento médio dos alimentos ter puxado a prévia da inflação do mês, a cebola (-28,02%) e o alho (-10,60%) foram os produtos com os maiores recuos médios nos preços, dentre as centenas de itens contemplados pelo IPCA-15, na RM Salvador.