A produção da indústria baiana registrou em maio uma queda de 2,9% em relação a igual mês do ano passado, conforme pesquisa divulgada hoje pela manhã pelo IBGE. Nos cinco primeiros meses de 2016, no entanto, o setor registra um crescimento de 1,2% – o terceiro melhor desempenho do país, atrás do Pará (9,6%) e do Mato Grosso (7,4%). Nesta base de comparação, há quedas expressivas na maioria dos estados do país, com destaque para o Espírito Santo (-21,6%) e Amazonas (-18,8%).
Na comparação maio de 2016/maio de 2015, seis das 12 atividades pesquisadas pelo IBGE mostraram queda na produção. O principal impacto negativo sobre o total global foi observado no setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-18,8%), pressionado, principalmente, pela menor produção de óleos combustíveis, óleo diesel e naftas para petroquímica. Vale mencionar ainda os recuos vindos de indústrias extrativas (-27,8%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,4%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-19,8%), de produtos de minerais não-metálicos (-21,1%) e de produtos de borracha e de material plástico (-4,6%).
Em sentido contrário, os setores de metalurgia (35,5%) e de outros produtos químicos (16,8%) exerceram as principais contribuições positivas, impulsionados, em grande medida, pela maior produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre; e de amoníaco, ureia, policloreto de vinila (PVC) e propeno, respectivamente. Outros resultados positivos relevantes foram registrados nas atividades de produtos alimentícios (10%), de celulose, papel e produtos de papel (10,9%) e de bebidas (31,0%), explicadas, principalmente, pela maior fabricação de açúcar cristal, cacau ou chocolate em pó, manteiga, gordura e óleo de cacau e biscoitos, na primeira; de pastas químicas de madeira (celulose), na segunda; e de refrigerantes, cervejas e chope, na última.