A produção industrial da Bahia, descontados os efeitos sazonais, cresceu 1% em ulho frente ao mês anterior. O desempenho foi melhor que a média nacional (-0,2%) e acompanhou a expansão da indústria registrada em 7 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE. Nessa comparação, as maiores altas da produção industrial ocorreram no Espírito Santo (5,8%), Rio Grande do Sul (4,6%) e Pará (2,7%). Por outro lado, São Paulo (-1,1%), Paraná (-1,3%) e Goiás (-2,1%) tiveram as quedas mais expressivas.
Frente a julho de 2017, a produção industrial baiana também teve um pequeno avanço (0,7%), o menor entre as áreas pesquisadas e bem abaixo da média nacional (4,0%).
Nessa comparação, a produção industrial cresceu em 12 das 15 regiões, e os destaques positivos foram Rio Grande do Sul (13,9%), Pará (13,7%) e Pernambuco (12,3%).
Com os resultados de julho, a produção industrial na Bahia acumula em 2018 uma variação positiva de 0,5%, ainda bem abaixo do patamar de abril (2,2%), antes dos efeitos da greve dos caminhoneiros no setor. No ano, a indústria do estado apresenta o segundo menor crescimento dentre as áreas investigadas e tem um desempenho bem aquém da média nacional (2,5%).
Já no acumulado nos 12 meses encerrados em julho, a produção industrial na Bahia cresce 1,2%, diminuindo o ritmo de expansão em relação aos 12 meses encerrados em junho (1,9%). Também se mantém com um desempenho inferior ao de abril (1,5%) e pior que a média nacional (3,2%).
Produção de veículos segue em alta
O crescimento de 0,7% na produção industrial da Bahia, na comparação com julho de 2017, foi resultado do desempenho positivo da indústria de transformação (0,8%), com avanços em 6 das 11 atividades pesquisadas separadamente no estado. Já a indústria extrativa teve recuo no mês (-1,5%).
O maior impacto positivo para a indústria do estado veio, mais uma vez, da fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que avançou 7,5% em julho, com influência da produção de automóveis e de peças e acessórios.
Embora tenha reduzido significativamente o ritmo de crescimento em relação a meses anteriores, a fabricação de veículos segue puxando a produção industrial baiana para cima e acumula expansão de 19,7% no ano de 2018.
A fabricação de Produtos alimentícios (6,3%) exerceu a segunda maior influência positiva na indústria da Bahia em julho, com contribuições importantes da produção de carnes bovinas frescas ou refrigeradas e da pasta de cacau.
A fabricação de Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (64,4%) e a de Bebidas (21,3%) também tiveram fortes crescimentos em julho, embora não tenham tanta influência no desempenho geral da indústria da Bahia, por terem menor peso na estrutura do setor no estado. Pesaram no desempenho dessas atividades as maiores produções de computadores e cerveja/chope, respectivamente.
Dentre as cinco atividades com queda de produção em julho, na Bahia, destacaram-se as influências da Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-24,1%) e da fabricação de Produtos de minerais não-metálicos (-14,5%).
Ambas são atividades que vêm apresentando recuos sucessivos e já acumulam, em 2018, retrações de -13,2% e -13,7% respectivamente – as mais intensas da indústria baiana.