Com origem na Bahia, a Braskem registrou um prejuízo estratosférico no ano passado: R$4,6 bilhões. Este valor é quase 14 vezes maior que o prejuízo reportado no exercício de 2022 (R$ 336 milhões). A receita líquida de vendas, por sua vez, encolheu 27%, passando de R$96,519 bilhões para R$70,569 bilhões.
O balanço preocupa, mas o que tem tirado o sono da maior petroquímica da América Latina é a crise ambiental disparada pelo afundamento do solo na região de suas minas de salgema em Maceió.
Para se ter uma ideia, os gastos previstos para reparar, mitigar e compensar os impactos da crise geológica são estimados R$15,5 bilhões. Deste total, R$9,5 bilhões já foram desembolsados.
Pior, e difícil de calcular, é o estrago na imagem da companhia.
O que aconteceu em Maceió?
A exploração de 35 minas de sal-gema pela Braskem provocou o afundamento do solo em cinco bairros da cidade. Centenas de casas foram condenadas, o que levou ao deslocamento forçado de mais de 60 mil pessoas.
China assusta calçadistas
O primeiro bimestre de 2024 trouxe dados preocupantes para a indústria calçadista brasileira. E a culpada, segundo o setor, é a China, que está mais agressiva no mercado, tirando espaços dos seus concorrentes internacionais, principalmente na América Latina.
Resultado: menos negócios com o exterior. As fábricas baianas, por exemplo, exportaram nos meses de janeiro e fevereiro, 533.883 pares, numa queda de 16,3% em relação a igual período de 2023.
O prejuízo só não foi maior porque o valor médio do par de calçado exportado pela Bahia teve alta, passando de US$20,32 para US$24,27.
De qualquer forma é bom ficar de olho no setor, que emprega muita gente, principalmente no interior do estado.
Bafafá no ferry
E o ferryboat, hein? Entra verão, acaba verão, e o sistema continua o mesmo: péssimo.
A Internacional Travessias nada de braçada. Faz o que quer, maltrata o usuário, oferece embarcações imundas e não investe um centavo sequer na modernização do sistema.
Não tá nem aí para a Agerba, a agência que fiscaliza ou deveria fiscalizar seus serviços.
Ontem (19/3), porém, um fato novo: Ministério Público, Anvisa, Vigilância Sanitária, Codesal, Procon, Corpo de Bombeiros e até a Polícia Civil resolveram agir.
Foram até o Terminal de São Joaquim fiscalizar o sistema. Saíram de lá horrorizados com o que viram, mas com uma proposta: firmar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a concessionária no sentido de melhorar o serviço.
Será que a Internacional topa? Topando, será que cumpre o que será exigido?
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