BA de Valor
  • Atualidade
  • Economia
  • Negócios
  • Sua Chance
  • Inovação
  • Notas de Valor
Sem resultado
Ver todos os resultados
  • Colunistas
  • Notas de Bolso
  • Business Lounge
  • Quem Somos
  • Anuncie
  • Contato
  • Política de Privacidade
BA de Valor
  • Atualidade
  • Economia
  • Negócios
  • Sua Chance
  • Inovação
  • Notas de Valor
Sem resultado
Ver todos os resultados
BA de Valor
PUBLICIDADE
Capa Atualidade

Relatores discutem projetos de lei sobre proteção de dados

REDAÇÃO por REDAÇÃO
07/05/2018
em Atualidade
Tempo de Leitura: 6 minutos
A A
0

Deputado Orlando Silva é o relator de um projeto de lei que disciplina a proteção de dados pessoais (Foto: Valter Campanato/Arquivo Agência Brasil

Share on FacebookShare on Twitter

No Congresso Nacional, tramitam diversos projetos de lei para disciplinar a proteção, a coleta e o processamento de dados pessoais. A Agência Brasil conversou com os dois parlamentares responsáveis pelas principais propostas: o deputado Orlando Silva, relator do Projeto de Lei (PL) 5276/2016 em uma comissão especial criada na Câmara para analisar a matéria, e o senador Ricardo Ferraço, relator do PL 330/2013 na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Embora os dois tenham destacado que não podiam adiantar detalhes do que deve entrar nos textos, os relatores falaram sobre a importância da Lei, os principais pontos que devem ser regulados e os desafios à aprovação dos projetos. A expectativa dos dois parlamentares é que as novas versões dos PLs sejam apresentadas ainda no mês de maio. (Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil)

Orlando Silva (PCdoB – SP)

Agência Brasil: Deputado, qual é a importância da proteção dos dados pessoais e por que deve ser alvo de uma legislação específica?

Orlando Silva: O tema da proteção de dados é muito delicado. Existe hoje no mundo um fator novo, a economia de dados. O mundo inteiro está preocupado com isso, seja porque há polêmica sobre o Facebook e Cambridge Analytica, seja porque o critério de o Brasil ser incorporado à OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, entidade que reúne as principais economias do mundo] é ter um marco regulatório de dados pessoais, seja porque a Europa deve ter nova normativa.

A Europa tem, desde a Segunda Guerra, proteção à privacidade. Em 1995, o continente produziu legislação prevendo a internet. E depois do caso Snowden [Edward Snowden, ex-prestador de serviço da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos] revisou a regulação [criando a Regulação Geral de Proteção de Dados, que entra em vigor neste mês]. Do ponto de vista econômico, a economia digital é tema relevante para o Brasil. Tudo isso nos motiva a dar uma grande prioridade a esta matéria. O Brasil pode ser vanguarda um ator econômico global se tiver um marco que garanta privacidade e estimule livre iniciativa.

Agência Brasil: Todas as esferas, tanto privada quanto pública, devem obedecer aos preceitos da legislação?

Silva: A legislação deve incluir o setor público e o privado. Não faz sentido ter uma regra de proteção que se aplique apenas à atividade privada empresarial. Governos são principais guardiões de dados pessoais. Lei deve tratar destes dados.

Agência Brasil: Quais temas principais devem constar na Lei aprovada?

Silva: É preciso ter atenção para o item da transferência internacional de dados. O mundo está hiperconectado. Não importa o status que possuam, mas empresas com representação no país devem ser cobertas pela lei. Não há empresa relevante que não tenha presente necessidade de cuidar dos dados. Facebook acabou de alterar política de consentimento. Ou protegemos dados das pessoas para que haja confiança ou corremos o risco de travar a evolução de possibilidades.

Outro tema que merece cuidado é o do “legítimo interesse” que deve ser restrito àquilo para o qual foi autorizado o tratamento desses dados. A inspiração do legítimo interesse tem a ver com o que está pactuado. O legítimo interesse está vinculado ao objetivo, ao fundamento entre quem consente e o responsável por este tratamento.

Agência Brasil: E quem deve ser responsável por promover a fiscalização e aplicar a lei?

Silva: Ter uma autoridade especializada é algo fundamental. A criação de autoridade é um item que praticamente é consenso entre todos que tratam de privacidade. Há quem diga que a iniciativa legislativa de criar algum órgão é prerrogativa do Poder Executivo. Mas há quem diga que se o Poder Legislativo toma iniciativa neste sentido e essa iniciativa é sancionada pelo Poder Executivo, isso poderia sanear um vício de origem.

Agência Brasil: E como resolver o cenário de tramitação de duas propostas, uma em cada casa?

Silva: Do ponto de vista legislativo, a Câmara, como câmara de representação da população, deveria ter a iniciativa de votar a matéria. O Senado é a casa da federação, do equilíbrio do sistema federativo. Como é tema difuso, ela [a Câmara] tem obrigação para que Senado possa fazer papel revisor. Tem a ver com natureza da matéria e atividade da casa.

Tenho conversado com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e sinto que a perspectiva é pautar ainda neste semestre esta matéria. Há um excelente diálogo entre Câmara e Senado, relator do PLS 330, com quem temos tido diálogo permanente. Semanalmente há conversas com o senador para produzirmos uma convergência neste esforço. Não há concorrência, há espírito colaborativo. O PL 5276/2016 é um bom ponto de partida.

Ricardo Ferraço (PSDB-ES)

Agência Brasil: Senador, qual é a importância da proteção dos dados pessoais e por que deve ser alvo de uma legislação específica?

O senador Ricardo Ferraço é o relator do Projeto de Lei 330/2013 que dispõe sobre a proteção de dados pessoais (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
O senador Ricardo Ferraço é o relator do Projeto de Lei 330/2013 que dispõe sobre a proteção de dados pessoais (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Ricardo Ferraço: Nenhum de nós consegue se imaginar hoje sem a evidência da realidade da internet nas nossas vidas. Ela se transformou numa ferramenta muito fabulosa nos diversos campos das relações humanas, sociais, públicas, privadas. O fato de termos quase 120 milhões de brasileiros navegando dá a dimensão disso. E globalmente nem se fala. Na prática é um debate que se arrasta não só aqui como mundo afora, para que a internet não seja terra de ninguém. Que se estabeleça princípios, diretrizes, responsabilidades.

Ficou evidente a necessidade de evoluirmos em um marco sobre a proteção dos dados. O desafio é enorme, pois este é um tema muito sensível. União Europeia anunciou novo código de proteção de dados e este debate tem sido importante porque estamos nos valendo desta massa crítica, para que tenhamos algo que possa regular, mas o desafio é fazer algo que não seja intervenção, que iniba inovação, conhecimento e ferramentas extraordinárias.

Agência Brasil: Qual será o escopo do projeto de lei?

Ferraço: Vamos estabelecer responsabilidade em todos os campos, inclusive na coisa pública. Ninguém armazena mais dados do que o Estado. Ele também precisa ter responsabilidades, limites, deveres, respeitada a supremacia do interesse público. Tanto setor privado quanto setor público serão regulados. Houve polêmica de que só regularíamos o setor privado, mas isso é falsa polêmica. Vamos estabelecer limites ao setor público também.

Agência Brasil: Quais devem ser os limites, parâmetros e as obrigações estabelecidos para o tratamento de dados?

Ferraço: Serão disciplinados os casos em que há responsabilidade da guarda dos dados pessoais. A gente pretende regular conceituando na lei os limites do legítimo interesse [para tratamento dos dados diverso daquele para o qual foi pedido consentimento ao usuário]. Este limite está diretamente relacionado às prerrogativas do Estado. O grande desafio é levar para a internet direitos fundamentais que estão consagrados no texto constitucional e legislação infraconstitucional. Você tem o direito à preservação da sua privacidade. Mas tem o direito à livre iniciativa, o direito à inovação.

Agência Brasil: Qual é a sua avaliação sobre a criação de uma autoridade regulatória?

Ferraço: Por certo há que ter um órgão que vá fazer este monitoramento, acompanhamento. Esse é tema polêmico. Nós temos vício de iniciativa porque como somos do Legislativo não está claro [a nossa prerrogativa] para poder determinar ao Poder Executivo isso. Há previsão constitucional que diz que isso é faculdade do Poder Executivo. A gente está vendo como encaminhar uma solução. Pode ser que a gente traga como recomendação que, durante um período, as atribuições fiquem em um ministério até que se defina a constituição de um órgão específico. A lei vai trazer as formas de fiscalização, os limites da autoridade, dependendo da circunstância da situação

Agência Brasil: E como resolver o cenário de tramitação de duas propostas, uma em cada casa?

Ferraço: Estamos conversando com a Câmara, com a presidente da comissão [deputada Bruna Furlan, PSDB-SP], com o deputado Orlando Silva [PC do B-SP], para ver se a gente consegue construir consensos básicos e mínimos, preservando o espaço da Câmara e do Senado. O esforço é para ver se conseguimos texto que saia preservando o acumulado do que está sendo debatido na Câmara, para ser algo minimamente convergente. Se conseguirmos isso, e acho que estamos condenados a isso, a gente vai avançar bem no processo legislativo.

Tags: Orlando Silva (PCdoB – SP)Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
Artigo Anterior

Temer: Governo estuda redução de preços de combustíveis

Próximo Artigo

Empregadores domésticos têm até hoje para pagar eSocial

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Equipe da Oilema
Atualidade

Oilema conquista o selo GPTW, pelo segundo ano consecutivo

Fachada do CNJ
Atualidade

CNJ proíbe exigência de certidões negativas para registro de imóvel

Oficina de Transformação de Plástico
Atualidade

Plástico reciclado vira oportunidade para mulheres e catadores da Ilha de Itaparica

Próximo Artigo

Empregadores domésticos têm até hoje para pagar eSocial

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

  • EM ALTA
  • COMENTÁRIOS
  • ÚLTIMAS
Facgada Banco Itaú

Itaú fecha 227 agências no Brasil, impulsionado pelo crescimento do digital; veja cenário e impactos

Moinho de Ilhéus

Grupo Maratá investe R$ 129 milhões para reativar Moinho de Trigo no Porto de Ilhéus

Mão com caneta escrevendo em avaliação

Justiça Federal na Bahia abre inscrições para Programa de Residência Jurídica com bolsa de R$ 3 mil

Governador Jerônimo nomeia Gustavo Stelitano como novo diretor da Sufotur

Governador Jerônimo nomeia Gustavo Stelitano como novo diretor da Sufotur

Planta industrial

Bahia ganha nova fábrica de big bags de polipropileno com investimento de R$ 2,5 milhões

Perspectiva ilustrada da Fachada interna da nova Land School

Land School: projeto educacional de alto investimento avança no Costa Azul

Oeste baiano projeta crescimento de 12% na safra de algodão 2021/2022

Soja e algodão puxam a safra baiana recorde de grãos em 2025

Mulher limpando vidro

Mais de 80 mil empregadores deverão regularizar FGTS de domésticas

Jerônimo Rodrigues

Governador Jerônimo anuncia pagamento de precatórios e envia à ALBA projeto de lei para abono extraordinário de professores

Equipe da Oilema

Oilema conquista o selo GPTW, pelo segundo ano consecutivo

Ilustração

Mais de 1 bilhão de pessoas vivem com transtornos mentais, revela OMS

Jovens digitando em notebook

Bahia Tech Experience 2025 impulsiona ecossistema de startups e tecnologia em Salvador

Oeste baiano projeta crescimento de 12% na safra de algodão 2021/2022

Soja e algodão puxam a safra baiana recorde de grãos em 2025

Mulher limpando vidro

Mais de 80 mil empregadores deverão regularizar FGTS de domésticas

Jerônimo Rodrigues

Governador Jerônimo anuncia pagamento de precatórios e envia à ALBA projeto de lei para abono extraordinário de professores

Equipe da Oilema

Oilema conquista o selo GPTW, pelo segundo ano consecutivo

Ilustração

Mais de 1 bilhão de pessoas vivem com transtornos mentais, revela OMS

Jovens digitando em notebook

Bahia Tech Experience 2025 impulsiona ecossistema de startups e tecnologia em Salvador

PUBLICIDADE

COLUNISTAS

Jorge Valente

Terapias injetáveis são seguras quando bem indicadas, afirma especialista

Miguel Gomes

Tecnologia impulsiona o despertar de lideranças em saúde no século 21

Miguel Gomes, CEO do Grupo Vivhas

Transformação digital na saúde: eficiência e experiência elevadas pela tecnologia

Miguel Gomes

Tecnologia, sustentabilidade e humanização: o que está no centro da saúde digital?

Inteligência Artificial: a nova fronteira da fidelização de pacientes na saúde

Inteligência Artificial: a nova fronteira da fidelização de pacientes na saúde

NOTAS DE BOLSO

Bandeira da FGV

FGV anuncia cursos gratuitos e online nas áreas de tecnologia, dados e inteligência artificial

Preparação de remessa da Shopee

Shopee amplia logística e reduz prazo médio de entrega em dois dias no Brasil

Refém da pobreza

BA de Valor

© 2024 BA de Valor. Todos os direitos reservados.

Institucional

  • Quem Somos
  • Anuncie
  • Contato
  • Política de Privacidade
  • Política de Cookies

Siga-Nos

Sem resultado
Ver todos os resultados
  • Atualidade
  • Economia
  • Negócios
  • Sua Chance
  • Inovação
  • Notas de Valor
  • Colunistas
  • Business Lounge
  • Quem Somos
  • Contato
  • Anuncie
  • Política de Privacidade
  • Política de Cookies

© 2024 BA de Valor. Todos os direitos reservados.