O segundo prognóstico para a safra 2022 de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) prevê que, na Bahia, três importantes produtos agrícolas terão aumento de produção no próximo ano: algodão, feijão e milho. Entre 2021 e 2022, a produção baiana de algodão herbáceo deverá crescer 4,9%, passando de 1,268 milhão para 1,330 milhão de toneladas, em uma previsão semelhante à do primeiro prognóstico, divulgado em novembro.
Esse crescimento deverá ser dar tanto pelo aumento de 4,5% na área plantada (que deverá chegas a 280 mil hectares), quanto pelo avanço de 0,4% no rendimento médio (que deverá atingir 4.750 kg/hectare).
De acordo com esse segundo prognóstico, no próximo ano, o estado deverá concentrar 21,8% da produção de algodão no país, mantendo-se como o segundo maior produtor, atrás apenas de Mato Grosso.
Já em relação ao feijão, a Bahia deverá apresentar crescimento na produção tanto na 1ª, quanto na 2ª safra. A produção baiana de feijão 1ª safra em 2022 deve ser 36,9% superior à de 2021, passando de 103.000 para 141.038 toneladas, apenas por conta do crescimento do rendimento médio, que deverá chegará a 621 kg/hectare. Já a 2ª safra deverá crescer 14,1%, de 86.200 para 98.340 toneladas.
Por sua vez, em 2022, a produção do milho 1ª safra deverá crescer 2,6% no estado, de 1,900 para 1,950 milhão de toneladas. A previsão é que esse aumento ocorra por conta do crescimento de 6,1% na área plantada, de 410.000 para 435.000 hectares.
Por outro lado, o principal produto agrícola do estado, a soja, tem previsão de redução na sua produção em 2022. Segundo esse 2º prognóstico, a produção baiana do grão deverá ser 2,0% menor no próximo ano, caindo de 6,834 milhões para 6,700 milhões de toneladas.
Isso deverá ocorrer por conta da queda de 4,8% no rendimento médio, de 4.020 para 3.829 kg/hectare. A área plantada tem previsão de crescimento de 2,9%, chegando a 1,750 milhão de hectares.
O prognóstico para a soja na Bahia é o oposto do nacional, que aponta um crescimento de 3,4% na safra do grão em 2022, chegando ao recorde de 138,8 milhões de toneladas, quase a metade de toda a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas do país.
Em nível nacional, o segundo prognóstico para a safra 2022 de grãos prevê uma produção recorde de 278 milhões de toneladas, 10,0% maior do que a de 2021, estimada em 252,8 milhões.
Recorde histórico
A 11ª estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2021 mostrou, em novembro, um leve crescimento frente à previsão de outubro (+0,3%), o que representa uma produção de 10.454.382 toneladas, frente a 10.419.382 toneladas previstas no mês anterior.
Com isso, a safra de grãos em 2021 segue a maior para a Bahia na série histórica do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo IBGE desde 1972, com um aumento de 3,9% (ou mais 391.137 toneladas) em relação a 2020 (10.063.245 toneladas).
A razão para o aumento da previsão na passagem de outubro para novembro foi a revisão para cima do milho 2ª safra (mais 35 mil toneladas ou +6,8%).
Em nível nacional, a estimativa de novembro para a safra de grãos 2021 cresceu 0,6% frente à do mês anterior, chegando a 252,8 milhões de toneladas. Porém, este número ainda é 0,5% inferior ao de 2020 (que foi de 254,1 milhões de toneladas).
A Bahia deverá ter, em 2021, a sétima maior produção de grãos do país, respondendo por 4,1% do total nacional. Mato Grosso continua na liderança, com 28,3% do total, seguido por Rio Grande do Sul (14,9%) e Paraná (13,1%).
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
Estimativa em novembro
Assim como havia ocorrido em outubro, em novembro a previsão é que, em 2021, 16 das 26 safras de produtos investigadas na Bahia sejam maiores que as de 2020.
As produções com previsão de maior crescimento no estado, em termos absolutos, se mantêm as de soja (+764.000 toneladas ou +12,6%), cana-de-açúcar (+375.000 toneladas ou +7,3%) e milho 1ª safra (+99.800 toneladas ou +5,5%).
Por outro lado, milho 2ª safra (-250 mil toneladas ou -31,3%), algodão herbáceo (-207 mil toneladas ou -14,0%) e mandioca (-101,5 mil toneladas ou -10,5%) lideram as quedas absolutas de produção.