Ativista indígena pela justiça climática e fundadora e coordenadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia, Txai Suruí foi nomeada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para integrar Grupo Consultivo de Jovens sobre Mudança Climática. O anúncio foi feito em Nova Iorque nesta terça-feira, 12 de agosto — Dia Internacional da Juventude.
O Grupo Consultivo fornece ao secretário-geral conselhos práticos e voltados para resultados, perspectivas diversas da juventude e recomendações concretas para apoiar o trabalho das Nações Unidas na aceleração da ação global para enfrentar a crise climática. A representante brasileira Txai Suruí é coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental – Kanindé, uma organização que atua há mais de 30 anos em Rondônia, sul do Amazonas e noroeste do Mato Grosso.
“A defesa destemida dos jovens tem sido fundamental na luta contra a crise climática. É por isso que tenho orgulho de anunciar o lançamento da terceira turma do meu Grupo Consultivo de Jovens sobre Clima — e de expandir sua composição de 7 para 14. Isso significa mais espaço para vozes jovens à mesa, mais espaço para liderança juvenil e mais espaço para moldar a ação climática. Para os jovens de todo o mundo, não desistam”, disse o secretário-geral.
Além de Txai Suruí, outras treze lideranças da juventude mundial integrarão o grupo que fornece ao secretário-geral conselhos práticos, perspectivas da juventude e recomendações concretas para apoiar o trabalho das Nações Unidas na aceleração da ação global para enfrentar a crise climática.
Este ano marca o décimo aniversário do Acordo de Paris e também é o ano em que todos os países devem preparar e apresentar seus novos planos climáticos nacionais — ou Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) — alinhados com o limite de 1,5°C.
Com desastres climáticos cada vez mais intensos e frequentes, e com o progresso rumo à limitação do aumento da temperatura a 1,5°C e à justiça climática ainda muito insuficiente, é ainda mais crucial que a juventude continue liderando — elevando suas vozes, responsabilizando líderes e fazendo as mudanças acontecerem.
Reconhecendo a importância crítica das vozes jovens na ação climática e as contribuições dos membros anteriores do Grupo Consultivo de Jovens, o secretário-geral ampliou esta turma de sete para quatorze membros, diante da preocupante tendência global de redução do espaço cívico e das limitações de financiamento que estão colocando jovens ativistas em risco e dificultando o engajamento significativo da juventude nos esforços climáticos.
(Onu Brasil)