Os supermercados de todo o país faturaram em março 8,44% mais do que em fevereiro último com valores já deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sobre março de 2015, houve alta de 4,16% e, no acumulado do primeiro trimestre de 2016, de 1,18%.
Os dados são da pesquisa Índice Nacional de Vendas Abras, calculado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
O presidente da entidade, Fernando Yamada, atribuiu o crescimento ao fato de a páscoa ter sido comemorada em março. Observou que o período da páscoa é o segundo melhor em vendas para o setor. Apesar do aumento, ele lembrou que os dois meses anteriores acumularam queda de 0,36% , manifestando a expectativa de um desempenho ruim ao longo do ano.
“Para abril , no entanto, a perspectiva é de recomposição na comparação com abril do ano passado. Com isso, continuamos com a mesma perspectiva com a qual iniciamos o ano, de uma queda de 1,8% nas vendas em 2016”, afirmou.
Crise – Essa projeção negativa, conforme Yamada, deve-se às incertezas quanto ao futuro da economia diante das turbulências políticas. “Para voltarmos a crescer, precisamos estabilizar a crise política e voltar a planejar a médio e longo prazo, gerando mais empregos e renda para o trabalhador voltar a reativar o consumo”, defendeu.
A abras também informou que os preços dos 35 produtos que compõem a cesta pesquisada pela entidade aumentaram em média 1,07%, passando de R$ 456,22 (em fevereiro) para R$ 461,12 (em março).
Entre os itens que ficaram mais caros estão o leite longa vida, cerveja, detergente líquido para louças e açúcar. Já entre os produtos em queda estão a cebola, xampu, sabonete e tomate. Por região, a cesta que teve o maior aumento foi a do Centro-Oeste (3,12%), com o valor de R$ 447,38. No Norte, foi verificada queda (-1,69%), com o valor de R$ 505,97.