A rede de supermercado baiana Atakadão Atakarejo registrou, no ano passado, um lucro líquido de R$18,358 milhões, três vezes menor que o de 2020 (R$59,231 milhões). A receita líquida de vendas do grupo, por sua vez, alcançou, em 2021, pouco mais de R$2,592 bilhões, numa alta de 10,45% em relação ao exercício anterior. O balanço foi divulgado na manhã desta segunda-feira (28).
O grupo apresentou, em 31 de dezembro de 2021, excesso de passivos circulantes sobre ativos circulantes no montante de R$160,662 milhões. “A administração do grupo expõe que tal fato se dá, devido ao aumento do prazo médio de pagamento a fornecedores e adição dos passivos de arrendamento, porém a mesma entende que o capital circulante não compromete a liquidez do Grupo”, informa a empresa, em seu balanço.
No início deste mês, foi aprovadaa captação de recursos em decorrência da terceira emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, no valor de R$140 milhões. Os recursos desta emissão, informa a empresa, foram recebidos no dia 18 de março e serão utilizados para reforçar a posição de caixa, a estrutura de capital da companhia e investimentos em Capex.
Fundado em 1993, o Atakarejo Distribuidor de Alimentos e Bebidas S.A é controlado por Teobaldo Costa, que detém 95% da participação na companhia, e possui 30 anos dedicados ao segmento. A companhia e suas controladas Total Comunicação e Propaganda e TQC Construções e Empreendimentos atuam no segmento de atacado de autosserviço, em que as operações de atacado tomam característica de varejo. A rede conta hoje com 28 lojas, sendo que cinco delas foram inauguradas durante o ano de 2021, todas localizadas em Salvador e região metropolitana.
Ataque cibernético
Em seu balanço, o grupo revelou ainda que durante o exercício de 2021 foi vítima de dois ataques cibernéticos criminosos em seu ambiente de tecnologia da informação que resultaram em indisponibilidade de parte de seus sistemas e operação. O primeiro ataque aconteceu no dia 17 de abril de 2021, onde o malware criptografou todos os arquivos do ambiente de rede.
“Neste incidente de segurança, a estratégia da empresa foi no sentido de restabelecer rapidamente a capacidade operacional, através da infraestrutura e topologia pré-existente e, em paralelo, abrir um projeto em carteira para evoluir a maturidade em segurança da informação. Rapidamente a capacidade operacional foi restabelecida, entretanto, culminou num segundo ataque no dia 1º de maio de 2021nos ambientes tecnológicos de Virtual Machines da Companhia”, informou a empresa.
O grupo informou ainda que não fez nenhum contato com os autores dos ataquea, tampouco negociou ou fez pagamento de resgate de qualquer espécie.