O empresário e economista Wilson Andrade foi eleito, para os anos 2019 e 2020, presidente do Conselho Consultivo (CC) do Fundo Comum de Commodities (CFC) da Organização das Nações Unidas (ONU). O CFC é formado por 104 países-membros com a missão de apoiar o desenvolvimento econômico, social e ambiental, através de incentivos a commodities em todo o mundo. O CC é composto por nove especialistas eleitos pelos países-membros e tem a função de definir prioridades para o Fundo, analisar, aprovar e acompanhar projetos que lhe são apresentados.
A eleição (unânime) aconteceu durante a reunião realizada na semana de 28 e 31/01 para análise dos projetos selecionados no edital encerrado em 30 de outubro. Uma nova chamada de propostas acaba de ser publicada no site do CFC: www.common-fund.org. O prazo de inscrição é até 15/4. Estas propostas serão consideradas na próxima reunião do CFC na primeira semana de julho. O segundo edital deste ano será lançado em agosto, cujas propostas serão consideradas em janeiro de 2020. São dois editais por ano e que podem participar empresas (pequenas, médias e grandes), agências de desenvolvimento, fundos de financiamento agropecuário, cooperativas, associações de produtores etc.
“Com isso se amplia a oportunidade de financiamento para pesquisas e projetos de desenvolvimento de commodities na Bahia e no Brasil. Já participamos da aprovação de um projeto da Bahia que recebeu apoio de US$ 1,5 milhão para a área de cítricos no semiárido da Bahia”, informa Andrade que tem forte atuação na área internacional defendendo o agronegócio da Bahia e do Brasil.
No CFC, Andrade foi indicado como conselheiro em 2017/2018. Após dois anos de contribuição efetiva foi reeleito em outubro do ano passado para mais um mandado de dois anos (2019/2020). Neste período, Andrade analisou e votou por 28 projetos apresentados ao CFC, no montante total de investimento de US$ 237 milhões, dos quais US$ 30 milhões financiados pelo CFC. Dos 28 projetos analisados pelo brasileiro, foram: 14 da África, 6 da Ásia, 1 da Europa e 7 da América do Sul, dentre eles um projeto de citricultura na Bahia que contratou apoio do CFC no montante de US$ 1,5 milhão em empréstimos.
Wilson Andrade permanece como membro do CC, mas agora como presidente terá a responsabilidade de relatar e defender os projetos aprovados pelo grupo nas reuniões do Conselho Superior do Fundo, bem como relatar sobre projetos em andamento e trazer sugestões para melhor operacionalização do CFC.
Indicação
Seu nome pra o Conselho foi uma indicação do Ministério da Agricultura e suas Câmaras Setoriais de Fibras aturais e de Florestas Plantadas, Ministério das Relações Exteriores (MRE), Frente Parlamentar da Agricultura, Embaixada do Brasil na Holanda, Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Associações Estaduais Florestais, Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Brasileira do Agronegócio (Abag); além das entidades baianas, como a Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), Associação Comercial da Bahia (ACB), Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais da Bahia (Sindifibras) e Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf).
Para Andrade, com a presença de um brasileiro no CC, a Bahia e o Brasil ganham pelo acesso às informações e pela maior interação entre os países no desenvolvimento de commodities. “A Bahia e o Brasil precisam se internacionalizar mais e este esforço tem que ser conjunto entre o Governo e a iniciativa privada. E não apenas pela possibilidade de financiamento do Fundo, mas pelas oportunidades com outras fontes da ONU e de países-membros. Podemos levar a possíveis interessados as demandas do nosso agronegócio – o setor que mais ajuda o Brasil a crescer”, completa.