As vendas do varejo na Bahia cresceram 3,1%, em março, frente a fevereiro, retomando os resultados positivos, depois do recuo de 1% na passagem de janeiro para fevereiro, na comparação livre de influências sazonais (desconsidera os efeitos de eventos recorrentes, como Natal, Dia das Mães etc.). Na comparação de março/24 com março/23, o resultado também foi positivo (11,1%), mostrando o 17º crescimento consecutivo frente ao mesmo mês do ano anterior (segue em alta desde novembro/22). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.
Foi também o 2º aumento mais expressivo das vendas entre os estados, só abaixo do Amapá (13,4%), e acima do verificado nacionalmente (5,7%), num contexto em que 25 das 27 unidades da Federação apresentaram resultados positivos – houve queda nas vendas apenas no Espírito Santo (-2,8%) e em Mato Grosso (-1,6%).
O avanço do varejo na Bahia foi ainda o maior para um mês de março em 12 anos, desde 2012, quando a taxa havia sido 13,7%.
Com esse resultado, o comércio varejista da Bahia teve, no primeiro trimestre de 2024, um crescimento acumulado de 11,4% nas vendas, frente ao mesmo período do ano anterior. Foi também o 2º maior aumento acumulado entre os 27 estados, abaixo apenas do verificado no Amapá (14,9%), e o melhor primeiro trimestre para o varejo baiano em 14 anos, desde 2010, quando as vendas haviam crescido 14,8%.
No Brasil como um todo, as vendas do comércio varejista cresceram 5,9% entre janeiro e março de 2024, com altas em quase todas as unidades da Federação, à exceção do Espírito Santo (-0,3%).
Nos 12 meses encerrados em março, as vendas do varejo baiano também seguem em alta, de 6,8%, bem acima do indicador nacional (2,5%) e mostrando o 4º avanço mais expressivo entre as 27 unidades da Federação, só abaixo dos acumulados em Tocantins (10,5%), Maranhão (9,8%) e Ceará (8,4%).
Supermercados
Em março, na Bahia, 5 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis, material de construção e atacado de alimentos) registraram aumentos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2023. As vendas dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo tiveram o segundo aumento mais expressivo entre as atividades (19,5%) e foram, assim como nos dois meses anteriores, as que mais contribuíram para o avanço do varejo, na Bahia, em março.
O segmento teve o 10º avanço consecutivo e o maior para um mês de março desde o início da série histórica, em 2001.
Crescendo pelo terceiro mês seguido, as vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico (22,9%) apresentaram o maior aumento entre as atividades e exerceram a segunda principal influência positiva no desempenho do varejo baiano, em geral.
O segmento reúne lojas de departamentos e grandes varejistas on-line. No acumulado nos últimos 12 meses, porém, o resultado é negativo (-4,3%).
Por outro lado, entre as três atividades que registraram quedas nas vendas frente a março de 2023, tecidos, vestuários e calçados (-16,5%) foi a que mais influenciou para segurar o avanço geral do varejo baiano, voltando a apresentar resultado negativo após dois meses em alta.
Já o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria (-37,9%) foi o que registrou a maior queda nas vendas em março, sendo a 2ª principal influência negativa para o indicador na Bahia. A atividade mostrou seu 14º resultado negativo consecutivo, recuando mês a mês há pouco mais de um ano, desde fevereiro de 2023.
Vendas do varejo ampliado
Em março de 2024, as vendas do comércio varejista ampliado baiano mostraram, mais uma vez, resultados positivos em todas as comparações.
Oscilaram positivamente (0,2%) frente a fevereiro, na série livre de influências sazonais, e cresceram 5,8% na comparação com março de 2023, apresentando o 4º melhor resultado do país nesse indicador.
Em ambos os confrontos, os resultados das vendas do varejo ampliado no estado superaram os nacionais, que registrou quedas (-0,3% e -1,5%, respectivamente).
No acumulado no primeiro trimestre de 2024, as vendas do varejo ampliado baiano crescem 9,5%, também acima do índice nacional (4,6%), sendo o 3º maior avanço entre os estados e o melhor resultado para um primeiro trimestre, na Bahia, em 14 anos, desde os 17,2% de 2010.
Nos 12 meses encerrados em março, o varejo ampliado baiano acumula alta de 5,4% nas vendas, também acima do Brasil como um todo (2,9%) e apresentando o 4º melhor resultado entre os 27 estados.
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (“atacarejos”), para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
No confronto com março de 2023, porém, apenas material de construção registrou alta nas vendas, de 7,4%, registrando o décimo aumento consecutivo.
Por outro lado, as vendas de veículos (-3,2%) caíram pela primeira vez após seis meses seguidos de resultados positivos, e o atacado de alimentos (-5,5%) voltou a apresentar retração após quatro meses de aumento. No acumulado no ano de 2024, ambos os segmentos mantêm resultados positivos (6,5% e 2,8%, respectivamente).
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