Pousar ou decolar no Aeroporto de Ilhéus, no Sul da Bahia, está se tornando uma atividade cada vez mais arriscada. O motivo é simples: a presença de urubus nas imediações, resultado do descarte inadequado de lixo no entorno.
A zona de segurança aeroportuária está sendo transformada em um verdadeiro banquete para as aves, o que compromete seriamente a segurança das operações aéreas.
O risco é alto. Um choque entre uma aeronave e um urubu pode gerar um impacto de até sete toneladas de força, suficiente para causar danos graves e, em casos extremos, resultar em tragédias fatais.
Diante da gravidade, o Ministério Público Federal (MPF) cobrou ações imediatas da Prefeitura de Ilhéus. Entre as recomendações, estão a instalação de contêineres fechados para evitar que os resíduos atraiam as aves e o aumento da frequência da coleta de lixo nas áreas mais críticas.
Além disso, o MPF solicitou o levantamento dos pontos de descarte irregular de lixo, conhecidos como ‘lixeiras viciadas’, e a apresentação de um cronograma para saná-los. Outra medida proposta é a disponibilização de lixeiras herméticas na Feira do Malhado para o depósito de restos de alimentos e a criação de uma equipe dedicada exclusivamente à fiscalização do descarte irregular de lixo.
O alerta
O alerta é claro: o aumento dos incidentes envolvendo aves na região é alarmante, e o problema do lixo precisa ser resolvido com urgência para evitar que o pior aconteça.
“O aumento significativo dos incidentes envolvendo aves nas proximidades do Aeroporto de Ilhéus é extremamente preocupante e demanda ações imediatas. A segurança dos voos deve ser uma prioridade e o descarte inadequado de lixo é um dos principais fatores que contribuem para esses riscos. A recomendação visa não apenas corrigir essas falhas, mas também sensibilizar a população para a importância de práticas adequadas de descarte de resíduos, fundamentais para a segurança de todos”, diz o procurador da República Bruno Olivo de Sales, que assina a recomendação.
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