A primeira nacelle da Goldwind fabricada sob as exigências do BNDES Finame saiu do forno na última sexta-feira (6), diretamente da unidade industrial de Camaçari. Segundo a empresa, o processo foi concluído em tempo recorde, destacando a eficiência da operação.
A nacelle, peça essencial para turbinas eólicas, é o coração tecnológico do sistema: instalada no alto da torre, ela abriga o gerador e a caixa de transmissão, conectando-se ao rotor responsável por captar e converter o vento em energia.
De acordo com o VP, Roberto Veiga, a Bahia é o berço do desenvolvimento futuro de parques eólicos. “O estado tem um potencial eólico enorme, quase 70% dele está aqui. O apoio institucional do governo baiano e as tratativas na atração de investimentos, mostrando que o estado teria todas as condições de nos apoiar, os incentivos estaduais, provando que o investimento daria retorno, foram fundamentais para a nossa escolha. Hoje é um marco muito importante para nós, finalizamos a primeira parte do aerogerador aqui na Bahia com todos os componentes, cumprindo com o plano exigido pelo BNDES”, diz.
Essa conquista reforça a posição de destaque da Bahia no setor. Líder nacional em geração e capacidade instalada de energia eólica, o estado foi responsável por mais de 35% da produção total no Brasil até setembro de 2024, segundo a Aneel.
Com 354 usinas em operação espalhadas por 35 municípios, a Bahia já superou 10,5 gigawatts (GW) de potência instalada. O setor movimentou mais de R$ 50 bilhões em investimentos, consolidando a região como protagonista na transição energética do país. São 28 usinas em construção, que adicionarão 1,3 GW à capacidade do estado, somando mais R$ 6 bilhões em investimentos. Outras 216 usinas estão em construção não iniciada, com previsão de gerar 8,6 GW e entrar em operação até 2030, com investimentos estimados em R$ 55 bilhões.
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