A partir de setembro de 2025, o Banco Central deve lançar o Pix parcelado, nova funcionalidade que permitirá ao consumidor dividir pagamentos diretamente pelo sistema de transferências instantâneas. Enquanto o cliente pagará em parcelas ao banco ou fintech, o comerciante receberá o valor integral na hora — modelo que promete mudar a lógica do crédito pessoal no país e desafiar o domínio dos cartões, especialmente os de bandeiras internacionais.
A medida é vista como uma alternativa prática aos cartões de crédito, com potencial de reduzir custos operacionais e facilitar o controle financeiro. A operação será padronizada entre instituições, com regras únicas para garantir uma experiência segura e uniforme em todo o sistema.
Entre os principais atrativos estão a liquidez imediata para lojistas, a integração com QR Code e a possibilidade de taxas menores. Para o consumidor, o novo serviço pode oferecer mais agilidade, menos burocracia e juros potencialmente mais baixos do que os praticados no crédito tradicional.
Segundo o BC, o Pix já é o meio de pagamento mais usado no Brasil e superou os cartões em número de transações em 2023. Com o parcelamento, a tendência é de consolidação desse domínio.
Além do crédito, o Pix ganha outras inovações em 2025, como pagamentos por aproximação, débitos automáticos para serviços recorrentes e um modelo híbrido com boletos. Também estão em estudo funcionalidades como transações offline e o uso de recebíveis do Pix como garantia para empréstimos a pequenos negócios.
O lançamento do Pix parcelado não apenas amplia as opções de crédito ao consumidor, como também intensifica o movimento de transformação digital no setor financeiro brasileiro, observado com atenção por outros países, inclusive os Estados Unidos.