A Secretaria de Aviação da Presidência da República autorizou o Governo da Bahia a conceder o aeroporto de Barreiras à iniciativa privada. A licença foi publicada no Diário Oficial da União da última quinta-feira.
De acordo com dados do governo federal, a exploração comercial do aeródromo vai proporcionar a oferta de novos voos e rotas ligando a cidade de Barreiras a outros destinos do País. O aeroporto passará de 98 mil passageiros em 2025 para 191 mil em 2035, segundo projeção de demanda realizada pela Secretaria de Aviação.
Com as obras, a pista para pousos e decolagens será ampliada em 350 metros e alargada em 15 metros, com dimensão final de 1950 x 45 metros. O pátio também será ampliado e passará a ter 11.425 m², com seis posições remotas de embarque (quando a aeronave efetua procedimentos de embarque/desembarque sem auxílio de pontes). O terminal de passageiros será de 2.160 m². O aeródromo opera voos regulares das empresas Passaredo e Azul.
Barreiras é um importante polo agropecuário e o principal centro urbano, econômico e turístico da região oeste da Bahia
De acordo com o diretor do Departamento de Gestão do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos, Eduardo Bernardi, a concessão do aeroporto de Barreiras “é o primeiro passo para que sejam concretizadas importantes melhorias no aeródromo, atendendo melhor ao passageiro e à economia da região”.
Barreiras é um importante polo agropecuário e o principal centro urbano, econômico e turístico da região oeste da Bahia. Hoje, por força de seu grande desempenho nos setores do comércio e da prestação de serviços, a cidade ocupa importante posição entre os maiores centros populacionais do estado.
CONEXÃO REGIONAL – Barreiras e outros 19 municípios baianos são aeroportos contemplados no Programa de Aviação Regional da Secretaria de Aviação, os 270 aeroportos regionais têm previstos investimentos da ordem de R$7,3 bilhões para construção e reforma de aeródromos. O programa foi criado com o objetivo de conectar o Brasil e levar desenvolvimento e serviços sociais a lugares distantes das capitais brasileiras.
O investimento é oriundo do Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC), composto por taxas e outorgas da aviação, e que só pode ser investido de volta no próprio setor. A contratação das empresas responsáveis pelos estudos e obras é feita diretamente pelo governo federal, sem repasse de verbas a estados ou municípios.
Mais de 40 milhões de brasileiros vivem, hoje, a centenas de quilômetros do aeroporto mais próximo da região. O programa trabalha para encurtar essas distâncias, aproximando moradores e turistas dos aeroportos brasileiros. O objetivo é que 96% da população esteja a, no máximo, 100 quilômetros de um terminal aeroportuário.