O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em -0,11%, em agosto, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 16 de julho e 14 de agosto. No mês, o IPCA-15 da RMS foi menor do que o nacional (0,19%) e o mais baixo dentre os 11 locais pesquisados separadamente pelo IBGE.
Além da RMS, as RMs Rio de Janeiro/RJ (-0,09%) e Curitiba/PR (-0,03%) tiveram deflações, segundo o IPCA-15 de agosto. Por outro lado, os maiores aumentos ficaram com as RMs Recife/PE (0,50%) Fortaleza/CE (0,48%) e Porto Alegre/RS (0,35%).
Com esse resultado, o IPCA-15 da RMS tem alta de 2,95% no acumulado no ano de 2024 (janeiro a agosto), passando a ficar abaixo do índice do Brasil (3,02%) e sendo o 5º mais alto entre os locais investigados. No acumulado nos 12 meses encerrados em agosto, o IPCA-15 da RMS está em 3,68%, também abaixo do nacional (4,35%) e o 8º entre os 11 locais pesquisados.
Alimentos
O IPCA-15 de agosto na Região Metropolitana de Salvador (-0,11%) foi resultado de quedas nos preços em três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados para formar o índice. O grupo alimentação e bebidas (-1,37%) registrou a maior redução de preços e foi a principal influência para o resultado apresentado em agosto, na RMS. Além disso, os alimentos tiveram a sua maior queda mensal na região em quase seis anos, desde setembro de 2018 (-1,39%).
A deflação da alimentação se deu, principalmente, pela alimentação no domicílio (-1,87%), com os tubérculos, raízes e legumes (-14,60%), em especial, o tomate (-30,33%, item com a maior redução) e a cebola (-13,73%) sendo as maiores influências para a redução geral de preços na RMS.
Os outros grupos que registraram quedas no IPCA-15 de agosto, na RMS, foram vestuário (-0,62%) e saúde e cuidados pessoais (-0,13%), com maiores influências, respectivamente, das blusas femininas (-2,99%) e dos produtos farmacêuticos (remédios) (-0,68%).
Aumentos
Por outro lado, entre os grupos com aumentos de preços na RM Salvador, segundo o IPCA-15, transportes (0,53%), apesar de ter apresentado apenas a quarta maior alta, foi o que mais contribuiu para segurar a deflação da região, na prévia de agosto.
A alta dos transportes foi influenciada, principalmente, pelo aumento de preço dos combustíveis (3,01%), em especial da gasolina (2,98%), item que exerceu a maior pressão inflacionária na região.
O grupo das despesas pessoais (0,58%) registrou a segunda maior alta e teve a segunda maior influência para puxar o IPCA-15 da RMS para cima em agosto, influenciado, principalmente, pelas altas no serviço bancário (1,06%) e na hospedagem (2,84%).
Apesar de ter tido influência menor no índice da região, o grupo com o maior aumento médio de preços foi o de artigos de residência (0,75%), com os itens de mobiliário (1,90%), como o móvel para quarto (3,44%), sendo as principais influências.
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