BA de Valor
  • Atualidade
  • Economia
  • Negócios
  • Sua Chance
  • Inovação
  • Notas de Valor
Sem resultado
Ver todos os resultados
  • Colunistas
  • Notas de Bolso
  • Business Lounge
  • Quem Somos
  • Anuncie
  • Contato
  • Política de Privacidade
BA de Valor
  • Atualidade
  • Economia
  • Negócios
  • Sua Chance
  • Inovação
  • Notas de Valor
Sem resultado
Ver todos os resultados
BA de Valor
PUBLICIDADE
Capa Economia Economia Brasileira

Apesar de avanço do Pix, dinheiro físico resiste em 30 anos de real

Circulação de cédulas e moedas equivale a pouco mais de 3% do PIB

REDAÇÃO por REDAÇÃO
01/07/2024
em Economia Brasileira
Tempo de Leitura: 4 minutos
A A
0
Dinheiro real

Segundo o Banco Central (BC), a circulação de papel-moeda persiste em 30 anos de criação do real

Share on FacebookShare on Twitter

Na feira do Largo do Machado, na zona sul do Rio de Janeiro, o pagamento eletrônico não é unanimidade. Com medo de taxas de maquininhas de cartão ou sem tempo para tirar o celular do bolso e abrir o aplicativo do Pix, há consumidores que ainda preferem pagar as compras com cédulas e moedas, apesar do avanço de meios eletrônicos de pagamento.

“Tenho usado muito [cartão de] débito e Pix, mas hoje terei de sacar dinheiro no banco. A mulher botou um real em cima dos limões que comprei porque o preço aumentou R$ 1 por causa da taxa de cartão”, diz a servidora pública Renata Moreira, 47 anos. “Há lugares estratégicos em que vou com dinheiro, cédula. Às vezes, o Pix dá trabalho porque tem de tirar o telefone da bolsa [em lugares de risco] e tem de ter acesso à internet”, completa.

Segundo o Banco Central (BC), a circulação de papel-moeda persiste em 30 anos de criação do real. Na última sexta-feira (28), conforme as estatísticas mais atualizadas da autoridade monetária, existiam R$ 347,331 bilhões de cédulas e de moedas em circulação na economia, o equivalente a 3,13% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país).

A proporção está diminuindo após a pandemia de covid-19. Em informações exclusivas repassadas à Agência Brasil, o Departamento de Meio Circulante do BC informa que o percentual de papel-moeda em circulação subiu de cerca de 2% em meados dos anos 1990 para um valor ligeiramente abaixo de 4% em 2007. A proporção manteve-se ao redor desse nível até 2019, disparando para 5% do PIB em 2020, com a criação do auxílio emergencial durante a pandemia.

Segundo o BC, após a pandemia de covid-19, o valor de cédulas e de moedas em circulação tem se mantido estável em torno de R$ 345 bilhões, com a proporção em relação ao PIB caindo. “Apesar do surgimento de novos meios de pagamento, como o Pix, para apresentar impactos sobre os hábitos de uso dos meios de pagamento anteriormente existentes será necessário algum tempo, a fim de que a evolução desses impactos possa ser claramente mapeada”, informou o Departamento de Meio Circulante em nota.

Comparação

Em maio, o Pix movimentou R$ 2,137 trilhões, o equivalente a 19,26% do PIB. A quantia e o percentual, no entanto, não podem ser diretamente comparados com os 3,13% do PIB em cédulas e em moedas. Isso porque o Banco Central mede o valor de todas as transações eletrônicas, enquanto o dinheiro físico é calculado com base no estoque fora dos bancos, sem considerar as movimentações.

Segundo BC, o sistema de transferências instantâneas, que funciona 24 horas por dia, tem favorecido a inclusão financeira da população. Conforme dados da Gerência de Gestão e Operação do Pix, ao considerar transações até dezembro de 2022, mais de 71,5 milhões de pessoas que não faziam transferências eletrônicas antes do Pix passaram a fazer esse tipo de operação.

Em relação às faixas de renda, o sistema é usado por pessoas de todos os estratos financeiros. Conforme a edição mais recente do Relatório de Gestão do Pix, possuem pelo menos uma chave Pix 71% das pessoas com um salário mínimo, 85% entre um e dois salários mínimos, 86% das pessoas de dois a cinco salários mínimos, 90% entre cinco e dez salários mínimos e 89% a partir de dez salários mínimos.

Idade

O principal fator de resistência ao Pix e de preferência pelo papel-moeda e pelo cartão de plástico, no entanto, é a idade. Segundo o mesmo relatório, 93% das pessoas de 20 a 29 anos possuem uma chave. A proporção permanece em níveis semelhantes nas demais faixas etárias: 91% de 30 a 39 anos e 92% de 40 a 49 anos. Nas faixas seguintes, o percentual cai: 79% de 50 a 59 anos e apenas 55% na faixa acima de 60 anos.

Frequentadora da feira do Largo do Machado, a aposentada Marina de Souza, 80 anos, personifica a reticência com o Pix, preferindo cartões e dinheiro físico. “Não pago com Pix. Não gosto. Pago mais com cartão de débito, menos na feira, onde só uso dinheiro porque eles anotam uma coisa, a gente se distrai, e eles cobram outra. Então tenho sempre aquele dinheirinho sacado, que fica reservado para a feira. As outras compras, só com cartão”, justifica.

“Ainda estou na fase do dinheiro e do cartão. Não sou muito de Pix ainda não. Tenho [uma chave], mas não aderi muito. Estou sempre com o dinheirinho para pagar as contas”, diz a dona de casa Hilda Pereira, 65 anos, também consumidora da feira do Largo do Machado.

Segundo o BC, parte da decisão de criar as modalidades de Pix saque e de Pix troco, onde o consumidor transfere um valor por Pix a um comércio e saca a diferença em espécie, deve-se à predileção pelo papel-moeda por parte da população. Conforme a autoridade monetária, a preferência é maior em municípios do interior com pouca cobertura bancária.

“A possibilidade de sacar dinheiro usando o Pix teve como objetivo propiciar melhores condições de oferta do serviço à sociedade, principalmente em regiões em que a cobertura da rede bancária é insuficiente. Parte da população brasileira ainda tem hábito de uso do dinheiro em espécie e carecia de uma rede adequada”, explicou o Banco Central em nota à Agência Brasil.

Endividamento

Professora de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Virene Matesco diz que a preferência pelo papel-moeda é desigual conforme a região do país. “Temos um país extremamente heterogêneo. Quero saber se nesse interiorzão do país alguém fala de Pix. Porque muita gente não tem celular moderno”, constata. Segundo ela, o maior avanço de transferências eletrônicas como o Pix, e futuramente o Drex (versão digital do real), está na redução de custos de transação e no aumento da velocidade de circulação da moeda.

Virene, no entanto, admite que o avanço dos sistemas eletrônicos de pagamento tem um risco associado: a ampliação da tendência de o cidadão endividar-se. “A velocidade da circulação aumenta violentamente, assim como a capacidade de o correntista entrar no vermelho. O problema piora com as apostas virtuais de joguinhos online. A tecnologia beneficia muita gente, mas também traz perigos”, adverte.


Leia também: Daten leva sua linha de notebooks e PCs inovadores para a Febraban Tech

Fonte: Por Wellton Máximo e Mariana Tokarnia – Repórteres da Agência Brasil - Brasília e Rio de Janeiro
Tags: Banco CentralpandemiaPix
Artigo Anterior

Portabilidade do saldo devedor do cartão de crédito começa hoje

Próximo Artigo

GoodStorage anuncia aquisição do Guarde Aqui

NOTÍCIAS RELACIONADAS

dinheiro
Economia

Valores a receber: mais de R$ 9 bilhões ainda não foram retirados, afirma Banco Central

Líderes empresariais e políticos discutem o fortalecimento do associativismo na Associação Comercial da Bahia
Economia

Líderes empresariais e políticos discutem o fortalecimento do associativismo na Associação Comercial da Bahia

Homem com cédulas de real nas mãos
Economia

Tire dúvidas sobre consignado para CLT, que entra em vigor nesta sexta

Próximo Artigo
Thiago Cordeiro

GoodStorage anuncia aquisição do Guarde Aqui

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

  • EM ALTA
  • COMENTÁRIOS
  • ÚLTIMAS
tonico e tinoco

Grandes lendas do sertanejo raiz: Conheça duplas que marcaram época

Palestra no Detran-BA discute os riscos da combinação entre álcool e direção durante o Maio Amarelo

Palestra no Detran-BA discute os riscos da combinação entre álcool e direção durante o Maio Amarelo

Moda-Brasil-24x23

Setor de moda movimentará mais de R$240 bi em 2024

Bahia apresenta primeiro micro-ônibus 100% GNV e Biometano

Bahia apresenta primeiro micro-ônibus 100% GNV e Biometano

Alba

Alba aprova distribuição gratuita de medicamentos à base de canabidiol

Maio Amarelo mobiliza Bahia por um trânsito seguro e consciente

Maio Amarelo mobiliza Bahia por um trânsito seguro e consciente

Foto Ilustração/ HAZEM BADER/AFP via Getty Images)

Holding potiguar de combustíveis investe em fábrica de bebidas na Bahia

Espaço do evento no centro de convenções

Salvador recebe prêmio internacional por uso inovador de tecnologia na saúde pública

Turistas no Pelourinho

Pesquisa IBGE aponta que a Bahia mantém liderança no turismo nacional

IBGE e Conab mantêm estimativas positivas para safra de grãos baiana em 2025

IBGE e Conab mantêm estimativas positivas para safra de grãos baiana em 2025

Nelson e Anne Wilians representarão o Brasil no “Brasil Global 200 Anos” em Cannes

Nelson e Anne Wilians representarão o Brasil no “Brasil Global 200 Anos” em Cannes

Mariangela Hungria

Cientista da Embrapa é laureada com Prêmio Mundial da Alimentação, reconhecido como “Nobel” da agricultura

Foto Ilustração/ HAZEM BADER/AFP via Getty Images)

Holding potiguar de combustíveis investe em fábrica de bebidas na Bahia

Espaço do evento no centro de convenções

Salvador recebe prêmio internacional por uso inovador de tecnologia na saúde pública

Turistas no Pelourinho

Pesquisa IBGE aponta que a Bahia mantém liderança no turismo nacional

IBGE e Conab mantêm estimativas positivas para safra de grãos baiana em 2025

IBGE e Conab mantêm estimativas positivas para safra de grãos baiana em 2025

Nelson e Anne Wilians representarão o Brasil no “Brasil Global 200 Anos” em Cannes

Nelson e Anne Wilians representarão o Brasil no “Brasil Global 200 Anos” em Cannes

Mariangela Hungria

Cientista da Embrapa é laureada com Prêmio Mundial da Alimentação, reconhecido como “Nobel” da agricultura

PUBLICIDADE

COLUNISTAS

Miguel Gomes

Tecnologia, sustentabilidade e humanização: o que está no centro da saúde digital?

Inteligência Artificial: a nova fronteira da fidelização de pacientes na saúde

Inteligência Artificial: a nova fronteira da fidelização de pacientes na saúde

Fed busca acalmar o mercado em meio a uma tempestade de mudanças

Fed busca acalmar o mercado em meio a uma tempestade de mudanças

Fernanda Carvalho

A vida presta. A arte também

Ricardo Vicente Bastos

A importância da conformidade com a LGPD: questões práticas e direitos dos titulares de dados

NOTAS DE BOLSO

Refém da pobreza

Atakarejo

Atakarejo retoma obras de nova loja em Itabuna

varejo

13º salário: um alívio para famílias e esperança para o varejo baiano

BA de Valor

© 2024 BA de Valor. Todos os direitos reservados.

Institucional

  • Quem Somos
  • Anuncie
  • Contato
  • Política de Privacidade
  • Política de Cookies

Siga-Nos

Sem resultado
Ver todos os resultados
  • Atualidade
  • Economia
  • Negócios
  • Sua Chance
  • Inovação
  • Notas de Valor
  • Colunistas
  • Business Lounge
  • Quem Somos
  • Contato
  • Anuncie
  • Política de Privacidade
  • Política de Cookies

© 2024 BA de Valor. Todos os direitos reservados.