A Bahia foi o grande destaque nesta quinta (11), na 4ª Rodada de Licitações de Áreas com Acumulações Marginais, realizada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), que arrecadou R$ 7,9 milhões com a venda de oito dos nove campos de petróleo. As quatros áreas localizadas no estado baiano foram responsáveis por R$ 6,9 milhões da arrecadação, 87% do total.
A empresa Newo Óleo e Gás foi responsável pela maior parte do valor arrecadado de R$ 5,7 milhões, para a área Itaparica, na Bacia do Recôncavo, em Itaparica. A Dimensional levou outro campo na Bahia, chamado Vale do Quiricó, em Pojuca, por R$ 764,4 mil. Já a Muncks & Reboques Brasil ficou com as outras duas áreas na Bahia: Jacumirim, em São Sebastião do Passé, pela qual pagou R$ 132 mil, e Araçás Leste, nos municípios de Araçás e Entre Rios, por R$ 357,7 mil.
A quarta rodada de licitações de áreas com acumulações maduras de petróleo e gás natural arrecadou R$ 7,9 milhões em bônus de assinatura, com um ágio médio de 1.991,52%, o maior já registrado em leilões deste tipo no país. A previsão de arrecadação inicial com a outorga dos nove campos era estimada em R$ 451 mil, valor mínimo do bônus de assinatura.
O leilão foi realizado na sede da Agência Nacional de Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no Rio de Janeiro, quando foram arrematadas oito das nove áreas inativas ofertadas e que haviam sido devolvidas pela Petrobras.
Segundo avaliação da ANP, além do bônus de assinatura, estão previstos investimentos de R$ 9,1 bilhões na recuperação e na retomada de produção das áreas arrematadas, que totalizam 92,89 km². Oito empresas fizeram ofertas, sendo seis vencedoras.
O maior bônus de assinatura foi de R$ 5,71 milhões, oferecido pela empresa Newo para a área Itaparica, na Bacia do Recôncavo baiano, cujo ágio pago sobre o preço mínimo estipulado foi de pouco mais de 8.000%.
Rodadinha
Para está rodada de licitações de áreas com acumulações marginais – a chamada rodadinha – não houve exigência de conteúdo local porque, segundo a ANP, nestas áreas “ele já é naturalmente alto, ficando em torno de 90%”.
Áreas inativas com acumulações maduras abrangem a área de concessão com descobertas conhecidas de petróleo e/ou gás natural onde não houve produção ou a produção foi interrompida por falta de interesse econômico.
Segundo ainda a ANP, as áreas foram selecionadas em bacias maduras, com o objetivo de ampliar o conhecimento das bacias sedimentares e oferecer oportunidades a pequenas e médias empresas, possibilitando a continuidade dessas atividades nas regiões onde exercem importante papel socioeconômico. Foram ofertadas nesta rodadinha áreas no Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Bahia. (Nielmar de Oliveira – Repórter da Agência Brasil)