Na Bahia, em 2017, a produção familiar era mais feminina, mais negra, mais idosa e menos escolarizada que a média e que a produção não familiar. Das 194.650 mulheres à frente de estabelecimentos agropecuários no estado, em 2017, 82,1% (159.860) eram produtoras familiares. Elas representavam pouco mais de 1 em cada 4 produtores familiares no estado (26,9% do total de 593.411). Já na produção agropecuária não familiar havia 34.790 mulheres: 17,9% do total de produtoras do estado e 20,5% das pessoas à frente de estabelecimentos não familiares. Os dados são do Censo Agro, divulgado hoje pelo IBGE.
As pessoas que se declaravam como não brancas (pardas, pretas, indígenas ou amarelas) também eram mais representativas entre os produtores familiares (76,0% do total) do que entre os não familiares (71,5%) e a média do total (74,9%).
Mais da metade das pessoas que estavam à frente de estabelecimentos familiares (53,0%) tinham 55 anos ou mais de idade, percentual que era quase o dobro do verificado entre os produtores não familiares (27,9%) e maior também do que a média geral (47,5%).
Pouco mais de 1 em cada 3 pessoas à frente de estabelecimentos familiares na Bahia, em 2017, não sabia ler nem escrever (36,5% do total). Esse percentual era de 32,1% no total de produtores baianos e caía para 16,7% entre os produtores não familiares (ainda acima da média da população em geral, que era de 12,7%).
Na produção familiar, 1 em cada 4 produtores (25,8%) sequer havia frequentado a escola, percentual que era menos da metade entre os produtores não familiares (10,5%) e menor também entre o total de produtores do estado (22,4%).
No outro extremo, só 1,2% dos produtores familiares tinham nível superior completo, percentual que subia a 8,7% entre os produtores não familiares e era de 2,9% para o total de produtores do estado.