Como forma de combater o gato de energia, a Coelba, empresa do Grupo Neoenergia, realizou pela segunda vez uma grande operação de combate ao furto de energia no Oeste baiano. Dez equipes realizaram vistoria em grandes fazendas e empresas de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério. A operação iniciada dia 2/5 teve duração de 15 dias e identificou 75 irregularidades em unidades de grande porte. O consumo recuperado dessas irregularidades foi de cerca de 2,5 GWh, o que equivale ao consumo de um mês de 25 mil residências baianas.
Em outubro de 2015, em operação semelhante realizada nesta região, foram identificadas 30 fraudes em unidades de grande porte e recuperados cerca de 7 GWh, o que equivale ao consumo de um mês de 69 mil residências baianas.
O furto de energia é crime estabelecido no artigo 155 do Código Penal, com pena prevista de até quatro anos de prisão. A concessionária vem informando à polícia sobre os furtos de energia identificados. Além disso, o gato de energia envolve ainda questões que impactam diretamente a sociedade, como segurança, qualidade do fornecimento de energia, preço da tarifa.
As pessoas que fazem o gato correm sério risco de morte porque estão sujeitas a sofrer choque elétrico. Também correm risco de queda ao arriscar-se subir em postes. Como a ligação clandestina foge ao padrão e normas técnicas, há ainda o risco desta irregularidade provocar queda de cabos e fios expostos, causando risco à comunidade.
Outra questão importante, principalmente, quando o furto de energia ocorre em grandes propriedades, com diversos maquinários, é que a qualidade do fornecimento de energia na região também pode ficar comprometida, uma vez que as fraudes provocam sobrecarga de energia e podem danificar eletrodomésticos ou ocasionar falta de energia. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê ainda que perdas comerciais decorrentes do gato também sejam repassadas para a tarifa de energia.
[box type=”info” align=”alignright” class=”” width=””]A Coelba realiza ações em toda a Bahia com o objetivo de combater os gatos e conscientizar a população sobre os riscos e os prejuízos decorrentes desta prática. Em 2015, foram investidos R$ 117 milhões no plano de combate a perdas. Para 2016, até o mês de abril, o valor é de R$ 31,4 milhões, em operações de inspeção, substituição de medidores, instalação da rede elétrica existente com cabos anti-furto e regularização das ligações clandestinas[/box]