A produção industrial da Bahia teve alta de 3% em abril frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE, divulgada nesta quinta-feira (9). Foi o terceiro avanço consecutivo nesse confronto (2% entre janeiro e fevereiro e 0,2% entre fevereiro e março). Em relação a abril de 2021, a produção cresceu 22%. Este foi o segundo avanço consecutivo no indicador após 14 quedas seguidas, registradas entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2022.
O resultado da Bahia foi o melhor do país neste confronto ( abril/22 frente a abril/21 ) e bem acima do nacional (-0,5%). Foi também o maior crescimento para um mês de abril, no estado, em 12 anos, desde 2010, quando havia sido registrado um aumento de 29,7% frente ao mesmo mês do ano anterior.
No acumulado nos quatro primeiros meses do ano, frente ao mesmo período do ano anterior, a Bahia é um dos quatro locais com resultado positivo (5,2%), também bem à frente do registrado no país como um todo (-3,4%). Porém, nos 12 meses encerrados em abril, a indústria baiana continua no negativo (-6,9%), frente aos 12 meses imediatamente anteriores, tendo o 2º pior resultado do país, à frente apenas do Pará (-7,6%). No Brasil como um todo, a produção industrial também cai (-0,3%) nessa comparação, com resultados negativos em 7 dos 15 locais.
Derivados do petróleo
O forte crescimento da produção industrial da Bahia em abril/22 frente a abril/21 (22%) se deu por conta do avanço registrado pela indústria de transformação (23,8%), que cresceu pelo segundo mês consecutivo. Por outro lado, a indústria extrativa apresentou sua quarta queda seguida (-0,1%), embora muito mais leve que a dos meses anteriores.
Houve crescimento em 6 das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente na Bahia. A fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (161,1%) foi quem apresentou o maior e o mais representativo avanço para o resultado positivo do estado de uma forma geral, seguida pela preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (14,0%).
O setor de derivados do petróleo tem o maior peso na estrutura industrial da Bahia e apresentou o seu oitavo resultado positivo consecutivo. Este foi o terceiro maior crescimento do setor na Bahia desde o início da série histórica, em 2003, e o melhor resultado em exatos 12 anos, desde o recorde registrado em abril de 2010 (212,3%).
Por outro lado, houve quedas em 5 das 11 atividades da transformação, sendo as mais relevantes na metalurgia (-41,2%) e na fabricação de produtos alimentícios (-10,2%).
Mostrando a oitava retração consecutiva na comparação com o mesmo mês do ano anterior e com a maior queda do estado em abril, a metalurgia acumula recuo de 27,8% em 12 meses. Já a fabricação de produtos alimentícios voltou a cair após dois resultados positivos e apresenta retração de 2,2% noos últimos 12 meses.
Porém, o setor com a maior queda no acumulado nos 12 meses encerrados em abril é o da fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que apresenta recuo de 92,6% na comparação com os 12 meses anteriores.