Em um cenário de forte tensão tanto no Brasil quanto no exterior, o dólar disparou e superou a marca histórica de R$6,20, encerrando a quarta-feira (18) cotado a R$6,267. O avanço de R$ 0,172 em apenas um dia representa uma alta expressiva de 2,82%, configurando o maior valor nominal da moeda americana desde a criação do Plano Real. A bolsa (B3) caiu mais de 3% e atingiu o menor nível desde o fim de junho.
A valorização do dólar reflete uma combinação de incertezas políticas e econômicas no Brasil, além de um ambiente externo marcado por instabilidade nos mercados globais. A fuga de investidores para ativos considerados mais seguros, como o dólar, reforça a pressão sobre a moeda brasileira.
Quem ganha e quem perde com o dólar em alta?
Ganhadores
- Exportadores: Empresas do agronegócio, mineração e outros setores voltados para o mercado externo se beneficiam diretamente, já que recebem em dólar e podem ampliar suas margens de lucro.
- Investidores em ativos dolarizados: Quem aplicou em fundos cambiais ou mantém recursos em dólar tende a obter ganhos relevantes com a valorização.
Perdedores
- Consumidores: Produtos importados, como eletrônicos e medicamentos, ficam mais caros, pressionando ainda mais o custo de vida.
- Empresas dependentes de insumos importados: Indústrias que utilizam componentes estrangeiros enfrentam aumento nos custos, impactando a produção e, muitas vezes, repassando os reajustes ao consumidor.
- Turismo internacional: Viagens ao exterior se tornam proibitivas para muitos brasileiros, com impacto direto nos gastos de turistas fora do país.
No saldo final, enquanto alguns setores colhem frutos com o dólar em alta, a maior parte da economia sente os efeitos negativos da desvalorização cambial, principalmente em um cenário já marcado por desafios econômicos e alta inflação.
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