O número de investidores, tanto em renda fixa quanto em renda variável, tem crescido gradativamente no Brasil. De acordo com a B3, 13,1 milhões foi o número total de investidores pessoa física registrados no país em 2021, dado que representa um crescimento de 23% em relação a 2020, ano anterior. Já o crescimento do investimento em startups no Brasil também tem sido acelerado, atingindo 51% ao ano ao longo da última década e US$9,4 bilhões investidos em 2021, conforme acompanhamento do Distrito Dataminer. Líder em número de startups no Norte-Nordeste e oitava no ranking nacional, Salvador agora deve avançar no campo dos investimentos para evitar a migração regional para outras praças, como São Paulo.
A fatia da população que está fora do mundo dos investimentos em startups ainda é bastante expressiva e, diferente do que muita gente pensa, para começar a investir não é preciso ter muito dinheiro. Prova disso é o modelo Equity Crowdfunding, que nada mais é do que a captação de investimentos a partir de cotas que possibilitam que pessoas se tornem sócias das empresas negociadas em caso de sucesso no futuro. Na Bahia, a 3C Invest atua no segmento de investimento coletivo, conectando startups e investidores através de uma plataforma digital.
“Por um lado, queremos dar oportunidade para que mais startups tenham acesso ao dinheiro, hoje concentrado em aproximadamente 80% nos fundos na região sudeste. Por outro, queremos trazer cada vez mais pessoas, democratizar este acesso e permitir que a partir de mil reais já seja possível investir numa startup. Todo mundo deveria olhar para este tipo de investimento como uma forma de diversificar seu portfólio. É um ativo, que apesar do risco, traz bastante potencial de rentabilidade”, explica Gustavo Menezes, CEO da 3C Invest.
Por que o mercado de startups?
Ter uma solução inovadora, com base tecnológica e capacidade de escalabilidade são as características primordiais de uma startup. Diferente dos negócios tradicionais, essas empresas buscam crescimento acelerado financiadas por sucessivas rodadas de captação investimento com objetivos distintos de estruturar a ideia, iniciar a operação, avaliar se produto e mercado se encaixam (validação), tracionar a operação e vendas e, por fim , aumentar o número de clientes de forma acelerada sem aumento de custos na mesma proporção.
“A necessidade de investimento varia de uma startup para outra. Obviamente que, para que esse dinheiro chegue, é preciso que o investidor tenha segurança na empresa e esse é o nosso papel: abrir rodadas de negócios para as startups que estão devidamente estruturadas para receber aporte e cumprir todos os retornos previstos em contrato. No intuito de agregar ainda mais valor e segurança para nossos investidores, fechamos uma parceria com LightHouse, grupo de investidores em venture capital, especializada em rodadas de investimento no estágio inicial das startups, para que participe conosco da avaliação e dos investimentos nas startups que selecionamos”, destaca Gustavo.
Como funciona?
Através do site www.3cinves.com.br é possível criar uma conta para conhecer detalhadamente as empresas disponíveis para compra de cotas – valor mínimo de R$1.000-, inclusive as informações necessárias para que as pessoas interessadas possam investir com segurança. Atualmente, 2 rodadas de negócios estão abertas na plataforma: a Gestar, femtech focada na saúde e cuidado materno infantil e a Sétimo Ano, edtech que oferece uma educação continuada ao médico, que estão captando R$600 mil e R$850 mil, respectivamente. As rodadas estão sendo ancoradas pela LightHouse.
Criada em dezembro de 2020, a 3C Invest quer ultrapassar a marca de R$9 milhões investidos, com uma base de 5 mil investidores pessoa física até dezembro de 2022.