O cenário é preocupante: a Bahia registra hoje 317.292 empresas inadimplentes, sendo 302.446 micro e pequenas empresas, o que a coloca como o sexto estado mais endividado do país, atrás apenas de São Paulo, Rio, Minas, Paraná e Rio Grande do Sul. Mas o que isso realmente significa para o futuro dos negócios na região?
Com 32% das empresas do estado mergulhadas em dívidas, é impossível não questionar a sustentabilidade econômica desse modelo. O que levou tantas empresas a chegarem a esse ponto? E, mais importante, como sair dessa situação?
O número reflete uma realidade nacional igualmente alarmante. Segundo a Serasa Experian, no Brasil, 3 em cada 10 empresas estão inadimplentes, o que representa 6,9 milhões de negócios.
O total devido em agosto atingiu impressionantes R$149,1 bilhões, com um ticket médio de R$2.977 por conta atrasada.
Um número que, longe de ser apenas estatístico, traduz uma crise financeira silenciosa, mas profunda, para milhares de empreendimentos.
Será que a recuperação é possível?
Com a recente interrupção na queda das taxas de juros, o cenário torna-se ainda mais desafiador. Dívidas de longo prazo, que já pesam no caixa das empresas, podem se tornar ainda mais difíceis de administrar, agravando a inadimplência.
Além disso, a valorização do dólar adiciona uma pressão extra, pois os importadores de insumos ou produtos são diretamente impactados.
A gestão financeira empresarial na Bahia preocupa, e sem soluções práticas e urgentes, esse ciclo de endividamento pode perdurar, comprometendo não apenas o presente, mas o futuro de milhares de negócios.
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