Apesar dos gastos anuais que se acumulam em janeiro, como impostos, seguros, matrículas e contas recorrentes, o começo do ano pode ser o momento ideal para se organizar financeiramente. É nesta época que muita gente decide adquirir novos hábitos e rever as prioridades, o que também deve envolver as finanças familiares.
Com o ano inteiro pela frente, o primeiro passo é colocar na ponta do lápis os gastos previstos, incluindo as dívidas. Assim, é possível entender o próprio comportamento de consumo e fazer os ajustes necessários. “A melhor estratégia é traçar um plano para revisar suas finanças, descobrir quais dívidas priorizar, escolher uma estratégia e tomar decisões financeiras inteligentes e eficientes”, orienta Thaíne Clemente, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal 100% online.
Com isto em mente, a especialista elenca as principais dicas sobre como se organizar e começar o ano com o pé direito. Confira:
App ou planilha de entradas e saídas
Utilize um app ou faça uma planilha para monitorar todos os gastos. Nela, coloque o valor do seu salário e as contas fixas mensais, como água, luz, gás, mercado, cartão de crédito e gasolina. Liste tudo e determine a ordem de pagamento de acordo com a urgência. Dessa forma, você terá maior controle dos seus gastos e uma melhor visão do que vai ter que pagar a cada mês.
“Um dos erros mais comuns é gastar mais do que ganha. O ideal é ter um controle financeiro eficiente de sua renda e nunca ultrapassar esse valor ao final do mês; ou seja, não se pode fazer dívidas maiores do que o total em sua conta bancária”, diz a especialista.
Cortar despesas desnecessárias
Uma das maneiras mais eficientes de controlar suas dívidas é cortando gastos supérfluos. Eles são mais fáceis de identificar se você estiver monitorando suas finanças mensais. Mas a ideia não é abrir mão de tudo o que lhe dá prazer, e sim começar a entender seu comportamento de consumo e fazer os ajustes necessários para economizar.
Além disso, vale fazer uma revisão das despesas e procurar padrões ou tendências que possam indicar gastos desnecessários. “Isso pode incluir serviços de assinatura, como streaming e compras online. É o famoso exercício de se perguntar: ‘será que eu preciso disso agora ou só estou comprando pois tenho o dinheiro disponível?'”, aponta Thaíne.
Negociação de dívidas
Hoje, as facilidades para negociar dívidas são muitas e os juros podem ser muito menores do que aqueles trazidos pelo cheque especial e pelo cartão de crédito. O mercado tem interesse nessa negociação para diminuir a inadimplência, ter crédito rodando e estimular a economia.
“Se uma pessoa tem dívidas diversas, com credores diferentes, pode ser conveniente unificá-las junto a um credor único, com uma parcela que não comprometa uma parte tão grande do orçamento mensal. Mas isso deve ser feito como uma forma de quitar as dívidas com mais tranquilidade, não como um meio de fazer sobrar renda para novas dívidas”, enfatiza a especialista.
Reserva de emergência
O início do ano é um bom momento para começar algo: que tal guardar dinheiro? Seja na poupança ou em fundos de investimento, poupar é essencial para quem deseja ter uma vida financeira mais saudável e não ser pego de surpresa por imprevistos.
“Começar a economizar, mesmo que sejam valores pequenos, é fundamental para inserir o hábito de poupar em seu dia a dia. Pode ser um pouco difícil no começo, mas vá aos poucos, de acordo com o que pode guardar”, conclui Thaine.
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