Reportagem de Tatiany Carvalho
Especial para o Bahia de Valor
Eles são dóceis e se adaptam bem ao convívio familiar. Os cães da raça tipo bull – Bulldog, Amercan Bully, Pit Monster e Exotic Bully desfilaram simpatia e beleza no Bullapalooza 2019, evento realizado desde 2016 no Brasil que chegou pela primeira vez no Nordeste, através da Feira Internacional da Agropecuária (Fenagro), em Salvador. O festival atraiu ao Parque de Exposições de Salvador um público interessado no mercado pet – que no Brasil movimentou R$ 34,4 bilhões em 2018, com previsão de fechar o ano com alta de 5,4% em seu faturamento segundo números do Instituto Pet Brasil (IPB).
O evento apresentou uma feira expositiva que contou com a participação de cerca de 30 criadores e também promoveu uma competição de cães para eleger, dentre 60 competidores, o mais bonito e com a melhor estrutura física. “A ideia é você criar um animal para preservar a raça, independente de sua função. As pessoas têm o direito de adotar ou de comprar um animal. A nossa bandeira é contra os maus tratos”, afirmou Bruno Monteiro, realizador do evento que já passou por cidades como Belo Horizonte, São Paulo, Itu, Rio de Janeiro e Brasília. Em 2020, já estão confirmadas edições do evento em Belo Horizonte, Macapá e Itu.
Depois de passar por últimos retoques de beleza, Leti – uma cadela da raça American Bully – estava pronta para competir no Bullapalooza. Com oito meses e pesando 27 Kg, o animal possui uma rotina de cuidados que inclui aulas de natação, alimentação exclusiva por ração e bastante ingestão de água. Ela veio de Maceió para participar do evento. O handler – o preparador de cães para shows – de Leti, Robson Cruz, afirmou que já atua há 15 anos neste mercado e que estima ter treinado para competições cerca de 100 animais ao longo de sua carreira.
O canil Detona Bull de Vinícius Leone levou três animais para expor no Bullapalooza. O criador que mantém o negócio em Camaçari (BA) explica que a raça American Bully está com grande procura pelo público.
“São cachorros de companhia que vivem em média dez anos”, afirmou. Depois do nascimento, o animal fica o período do desmame com a mãe e só é colocado à venda depois da primeira vacina e de passar por um checkup. Um filhote desta raça é vendido a partir de R$ 4 mil.
“Hoje o pet é tratado como um filho. E você não pode proibir m filho de entrar em algum lugar com sua mãe”, compara Malu Moura, tutora de Boni, que reuniu a família para conhecer o Bullapalooza Salvador. E por falar em família, o Ivan Lopes, tutor de um cão da raça Shitzu, foi ao evento para obter mais informações sobre a raça American Bully. “Eles também nos dão carinho”, disse o visitante.