A estimativa de junho para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos), em 2017, totalizou 8.142.486 toneladas, o que representa um crescimento de 47% em relação à safra de 2016 (5.540.033 toneladas). A área a ser colhida com grãos neste ano está estimada em 3.001.604 hectares, mantendo-se em crescimento (7,8%) frente a 2016. Em relação às informações de maio, a estimativa de produção baiana de grãos também foi revisada para cima em junho (6,2%), também com variação positiva (1,9%) na área a ser colhida.
Tanto em relação a 2016 (47,0%) quanto frente à estimativa de maio (6,2%), os crescimentos previstos para a safra de grãos baiana superam a média nacional (30,1% e 0,7%, respectivamente). A revisão de maio para junho na Bahia resultou no terceiro maior aumento na estimativa, abaixo apenas dos verificados em Pernambuco (12,4%) e no Amapá (9,1%) – ambos estados com participações bem menores que a baiana na safra brasileira de grãos.
Apesar dos aumentos na previsão de safra 2017 atualizada em junho, a Bahia se mantém como o oitavo estado produtor de grãos do país, responsável por 3,4% da safra nacional, estimada em 240,3 milhões de toneladas. Houve, porém, um leve aumento de participação em relação a maio, quando se estimava que a Bahia contribuiria com 3,2% da safra brasileira de grãos neste ano.
Mato Grosso permanece na liderança, sendo responsável por ¼ da safra de grãos (25,4%), seguido pelo Paraná (17,7%) e Rio Grande do Sul (15,2%). As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
Estimativa de produção de soja na Bahia aumenta 7,9%
A previsão de uma produção nacional recorde de soja em 2017 alcançou 114,8 milhões de toneladas em junho, 0,8% superior à de maio (113,9 milhões de toneladas), sobretudo em razão de reajustes de final de colheita nas estimativas da produção da Bahia (7,9%), com acréscimo de 381.600 toneladas. De maio para junho, também houve revisões para cima na produção de soja no Paraná (0,4%), acréscimo de 81.737 toneladas; Santa Catarina (4,4%), acréscimo de 101.422 toneladas; Mato Grosso do Sul (3,0%), acréscimo de 258.632 toneladas; e Goiás (0,2%), acréscimo de 22.769 toneladas.
Em relação a 2016, a safra nacional de soja deverá crescer 19,5%. Com exceção de Roraima e Distrito Federal, os demais estados produtores informaram acréscimos em 2017, comparativamente ao ano anterior. A Bahia mantém o quarto maior aumento percentual de produção na comparação com 2016 (+62,8%), com safra estimada em 4.849.200 toneladas em 2017, frente a 3.212.600 toneladas no ano passado.
Nessa comparação, destacam-se também os aumentos previstos no Maranhão (101,9%), Piauí (212,5%), Paraná (15,2%), Rio Grande do Sul (14,6%), Mato Grosso do Sul (22,0%), Mato Grosso (17,0%) e Goiás (11,2%) – todos superiores a 1,0 milhão de toneladas.
Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul são os principais produtores nacionais de soja, responsáveis respectivamente por 26,8%, 17,1% e 16,2% da safra brasileira. A Bahia responde por 4,6% da produção nacional de soja e ganhou participação entre maio e junho, ultrapassando Minas Gerais (4,3%) e chegando à 6ª maior produção nacional.
A soja é o principal produto em termos de participação dentro do estado, representando 64,2% da safra de grãos estimada para a Bahia em 2017. Estimativa da 2ª safra de milho na Bahia cresce 6,6% de maio para junho e deve ser 74,2% maior que a de 2016
Tanto no Brasil quanto na Bahia, além da soja, o milho é o segundo principal destaque positivo na estimativa de safra de junho. A previsão para o país, em 2017, teve leve aumento de 0,7% em relação a maio, chegando a 97,7 milhões de toneladas.
Reajustes
O crescimento se deve aos reajustes positivos na segunda safra, que se encontra em plena colheita e responde por 68,4% do total a ser colhido nacionalmente. Ela está estimada em 66,8 milhões de toneladas, previsão 1,3% maior que a de maio. Em relação a 2017, a segunda safra brasileira de milho deve ser 70,1% maior que a de 2016 (de 39,3 milhões de toneladas).
O acréscimo nacional tem influência do crescimento de 6,6% na estimativa de produção do milho segunda safra na Bahia, o maior aumento percentual dentre os estados produtores nessa comparação – o que corresponde a mais 29.400 toneladas.
De maio para junho também houve aumentos nas estimativas da produção do milho segunda safra no Paraná (0,3%), com acréscimo de 37.591 toneladas; Mato Grosso do Sul (4,6%), acréscimo de 413.631 toneladas; e Goiás (4,5%), acréscimo de 380.700 toneladas.
Com exceção do Paraná, que teve sua área plantada e a área a ser colhida aumentada em 0,2%, nos demais estados, inclusive a Bahia, foi a reavaliação positiva do rendimento médio que mais influenciou no aumento das estimativas, resultado dos ajustes realizados à medida que a colheita do milho avança no campo.
O milho é o segundo produto mais importante no estado, responsável por quase ¼ (24,6%) da safra baiana de grãos em 2017.