A estimativa de junho para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidas como grãos), em 2018, totalizou 9.113.562 toneladas, o que representa um aumento de 12,8% em relação à safra 2017 (8.078.077 toneladas). A previsão de crescimento na produção de grãos no estado, frente a 2017, teve uma forte revisão para cima em relação à de maio (+12,2% ou +988.348 toneladas), quando a estimativa era de uma safra 2018 apenas 0,6% maior que a de 2017. Os dados são Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje pelo IBGE.
Aumentos nas previsões das safras de soja (de 5.088.800 toneladas em maio para 5.572.800 toneladas em junho, ou +9,5%), milho 1ª safra (de 1.614.140 toneladas em maio para 1.897.740 em junho, ou +17,6%), algodão (de 1.075.274 toneladas em maio para 1.128.904 toneladas em junho, ou + 5,0%) e feijão (de 266.312 toneladas em maio para 308.922 toneladas em junho, ou +16,0%) foram os principais responsáveis
Enquanto, na Bahia, as estimativas são de uma safra maior neste ano, no país como um todo, a previsão é de uma queda de 5,3% na produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, que deve totalizar 227,9 milhões de toneladas, menos 12,7 milhões de toneladas frente às 240,6 milhões de toneladas de 2017.
Segundo a estimativa de junho, a Bahia deve aumentar sua contribuição para a produção brasileira de grãos neste ano, de 3,6% (previsão de maio), para 4,0%, mantendo-se, porém, como oitavo maior produtor nacional. Mato Grosso deverá continuar na liderança, com uma participação de 25,9%, seguido pelo Paraná (15,8%) e Rio Grande do Sul (14,2%).
As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
14 das 26 safras de produtos investigados na Bahia devem ser maiores
Com as revisões para cima, de maio para junho, nas colheitas de alguns produtos, das 26 safras investigadas pelo LSPA na Bahia, 14 devem ter aumento de produção neste ano, em relação a 2017.
As maiores estimativas de crescimento, em termos absolutos, no estado são de cana-de-açúcar (+1,4 milhão de toneladas ou +44,8%), soja (+436,8 mil toneladas ou +8,5%), milho 1ª safra (+380,9 mil toneladas ou +25,1%) e algodão herbáceo (+295,4 mil toneladas ou +35,4%).
Por outro lado, as safras baianas com maiores estimativas de queda, em toneladas, são as de banana (-268 mil toneladas ou -25,0%), mandioca (-251,2 mil toneladas ou -12,1%) e laranja (-177 mil toneladas ou -17,6%).
A lista completa está na tabela a seguir.
Estimativa é que a Bahia tenha uma safra de soja 8,5% maior
Em junho, a produção brasileira de soja em 2018 está estimada em 116,3 milhões de toneladas, previsão que aumentou 0,5% em relação à de maio, ficando 1,2% acima da safra 2017 (115.752.047 toneladas) e registrando mais um recorde da série histórica.
A Bahia foi um dos responsáveis pela revisão para cima na estimativa da safra nacional, entre maio e junho. Houve atualização da produção baiana de soja, com um aumento de 9,5% frente à estimativa de maio (ou mais 484,0 mil toneladas de um mês para o outro), em consequência do aumento, também de 9,5%, no rendimento médio (de 3.180 kg/ha para 3.483 kg/ha).
Chuvas abundantes e bem distribuídas ao longo do ciclo, beneficiaram as lavouras no Oeste baiano. Assim, pela primeira vez neste ano, a previsão é que a safra de soja na Bahia seja maior que a de 2017: 5.572.800 toneladas, 436.800 toneladas a mais que no ano passado (+8,5%).
A soja é o produto de maior safra dentre os investigados na Bahia; o estado responde por 4,8% da produção nacional do grão.
Milho 1ª safra tem aumento de produção entre maio e junho
A 1ª safra de milho encontra-se praticamente colhida no país, e houve alta de 1,1% na produção nacional, entre maio e junho (de 25.691.067 para 25.977.030 toneladas), em razão do aumento da estimativa da Bahia, de +17,6% ou + 283,6 mil toneladas, de um mês para o outro.
Com esse resultado, a produção do milho 1ª safra no estado deve fechar 2018 em 1.897.740 toneladas, 25,1% maior que a de 2017 (1.614.140 toneladas).
Já a produção do milho 2ª safra na Bahia segue com estimativa de queda em relação a 2017, porém esta deve ser menor do que o estimado em maio. Com uma revisão para cima de 47,2% na estimativa para a 2ª safra, entre maio (351.000 toneladas) e junho (516.600 toneladas), a previsão agora é que a produção baiana neste ano fique apenas 0,1% menor que a de 2017 (517.200 toneladas).
Em junho, a estimativa da produção total de milho no Brasil ficou 1,0% menor que a de maio. Após um 2017 de safra recorde, a previsão é colher 15,9% menos milho no país, em 2018, num total de 83,7 milhões de toneladas. Essa redução se deve à retração de 7,3% na área plantada, uma vez que os produtores deram prioridade a cultivar a soja, que possibilita maior rentabilidade.
Estimativa da safra baiana de algodão segue em alta
A sexta estimativa da produção nacional de algodão, em 2018, alcançou 4,7 milhões de toneladas, aumento de 1,1% em relação à previsão de maio e 23,0% maior que a safra de 2017 (3,8 milhões de toneladas).
A Bahia contribuiu mais uma vez para essa revisão para cima, com uma alta de 5,0% na previsão da safra de algodão, entre maio e junho. Isso ocorreu em razão de aumentos no rendimento médio (de 4.070 kg/ha em maio para 4.225 kg/ha em junho, +3,8%) e da área plantada e a área a ser colhida (+1,1%).
Assim, a Bahia estima colher, em 2018, 1.128.904 toneladas de algodão, 35,4 % mais que em 2017 (833.490 toneladas). O clima tem beneficiado as lavouras baianas do produto.
O estado é o segundo maior produtor de algodão do país e deve responder por 23,9% da safra nacional em 2018. Mato Grosso lidera, representando 66,1% da estimativa da produção.
Produção de banana deve recuar 25,0% na Bahia, em 2018
Em 2018, a estimativa é que o Brasil produza 6,8 milhões de toneladas de banana, o que representa uma redução de 5,0% em relação à safra de 2017, com revisão para baixo na estimativa (-2,0%) entre maio e junho, devido à redução da área a ser colhida (-3,0%).
Na passagem de maio para junho, o aprofundamento no declínio da estimativa de produção nacional de banana se deveu à Bahia, que reduziu sua previsão em 12,1% de um mês para o outro, passando de 912.000 toneladas para 802.000 toneladas – uma safra que deverá ser 25,0% menor que a de 2017 (1.070.000 toneladas).
No estado, a estimativa de área a ser colhida com banana encolheu 13,9% de maio para junho, chegando a 62.000 hectares, 27,1% menos que em 2017 (85.000 hectares).
Caso as previsões se confirmem, em 2018 a Bahia deixará de ser o segundo maior produtor de bananas do país, ficando responsável por 11,7% da safra nacional, atrás de São Paulo (15,9%) e Minas Gerais (11,9%) .