A Sudene aprovou, nesta quinta-feira (30), 65 pleitos de incentivos fiscais que representam R$ 2,4 bilhões em investimentos em sua área de atuação. Desse total, 22 pleitos são de empreendimentos na Bahia, que somam R$ 314 milhões em investimentos. Estas empresas asseguraram 8.514 empregos diretos e indiretos no estado e estão instaladas em 13 municípios. Além da Bahia (22), foram contemplados pleitos no Rio Grande do Norte (14), Maranhão, Minas Gerais e Paraíba (sete cada), Sergipe (três), Alagoas (dois) e Piauí, Pernambuco e Espírito Santo (um para cada).
“Os incentivos fiscais são fundamentais para a atração de investimentos para nossa região, especialmente pelas desigualdades intrarregionais ainda existentes no país. A aprovação desses pleitos é parte da estratégia da Sudene, através de seus instrumentos de ação, de promover o desenvolvimento includente e sustentável, estimulando o aumento da competitividade do Nordeste e norte de Minas Gerais e Espírito Santo”, afirma Danilo Cabral.
Em relação à modalidade dos benefícios concedidos para as empresas na Bahia, 21 pleitos foram da redução de 75% IRPJ, recursos que podem ser usados para projetos de implantação, modernização, ampliação ou diversificação de empreendimentos; e um de retificação. De implantação, são os pleitos das empresas Charmat Hotel (R$ 21,3 milhões), JH Sementes (R$10 milhões), SLC Agrícola (dois pleitos, um instalado em Barreira – R$6,6 milhões- e um em Riachão das Neves – R$1,3 milhão), Technofix Indústria e Comércio de Embalagens (R$2,3 milhões), Alumideste Indústria e Comércio de Embalagens (R$1 milhão), Vale Bahia Indústria e Comércio de Alimentos (R$1 milhão) e Nutrilara Suplementos e Ração (R$12 milhões).
Os empreendimentos que apresentaram pleitos de modernização foram Barry Callebaut Brasil Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios (dois pleitos, um de R$32 milhões instalado em Ilhéus e um de R$49 milhões em Itabuna), M Dias Branco (R$61,3 milhões), MFX do Brasil Equipamentos de Petróleo (R$23,6 milhões), Adinor Indústria e Comércio de Aditivos (R$5,5 milhões), Gertec Brasil (R$4,9 milhões), Belgo Bekaert Arames (2 pleitos, um de R$19 milhões e outro de R$35 milhões, ambos instalados em Feira de Santana), Speed Serviços de Internet (R$13 milhões), TPC Logística Nordeste (2 pleitos, um de R$5,4 milhões e outro de R$1,7 milhão, ambos instalados em Simões Filho) e Dealernet Tecnologia e Sistemas (R$7,7 milhões). Além desses, há um pleito de complementação de equipamentos da Henrich e Cia (R$180 mil) e um de retificação, da Argo IX Transmissão de Energia.
As empresas incentivadas na Bahia estão instaladas nos municípios de Salvador, Feira de Santana, Ilhéus, Conceição de Almeida, Luís Eduardo Magalhães, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho, Correntina, Barreira, Riachão das Neves, Itiruçu, Itabuna, Lauro de Freitas. “Importante ressaltar que há municípios que não tinham empresas incentivadas anteriormente, como é o caso de Itiruçu. Correntina recebeu o segundo empreendimento. E também há municípios localizados no semiárido e com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que são prioridade para o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE)”, ressaltou o diretor de Gestão de Fundos e Incentivos Fiscais, Heitor Freire.
A Sudene aprovou 388 pleitos de benefícios fiscais neste ano, de acordo com Heitor Freire. “Essas empresas reportaram um total de R$ 20,7 bilhões em investimentos nos 11 estados da nossa área de abrangência, garantindo 214,4 mil empregos diretos e indiretos. São números superiores aos registrados em 2022”, disse. Os principais setores beneficiados foram infraestrutura (R$ 10,9 bilhões), petroquímico (R$ 3,5 bilhões), alimentos e bebidas (R$ 925 milhões) e metalurgia (R$ 847 milhões).
Para este ano, segundo a coordenação-geral de Incentivos e Benefícios Fiscais e Financeiros, ainda existe uma carteira de pleitos em análise na Sudene, somando 348 pleitos. “Essa demanda significa mais de R$ 18 bilhões em investimentos realizados pelas empresas na região”, comentou o coordenador da área, Silvio Carlos do Amaral e Silva. Ele frisa que a Autarquia tem o compromisso de analisar, no ano corrente, os pleitos apresentados pelas empresas até o dia 31 de outubro.