A produção da indústria da Bahia encerrou 2016 com uma queda de 5,2%, conforme pesquisa divulgada na manhã desta terça-feira pelo IBGE. Foi o terceiro ano seguido com taxa negativa, mas com perda menos elevada do que a de 2015 (-6,9%). Segundo o levantamento, no ano passado, apenas a indústria do Pará registrou alta (crescimento de 9,5%). Todas as demais localidade pesquisadas registraram prejuízos, com destaque para o Espírito Santo (-18,8%) e Amazonas (-10,8%).
De acordo com o IBGE, seis dos 12 setores pesquisados assinalaram queda na produção no ano passado na Bahia. O principal impacto negativo sobre o total global foi verificado no setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-11,1%), pressionado, principalmente, pela menor produção de óleo diesel, óleos combustíveis, naftas para petroquímica e gás liquefeito de petróleo (GLP).
Vale mencionar também os recuos vindos de indústrias extrativas (-21,1%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-8,5%), de produtos de minerais não-metálicos (-18,4%) e de produtos de borracha e de material plástico (-4,9%).
Por outro lado, os setores de produtos alimentícios (3,3%) e de outros produtos químicos (1,6%) exerceram os maiores impactos positivos, impulsionados, em grande medida, pela maior produção de açúcar cristal, leite em pó, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas e massas alimentícias secas, no primeiro; e de amoníaco (amônia), ureia e policloreto de vinila (PVC), no segundo.
Dezembro
Em dezembro de 2016, a produção industrial da Bahia ajustada sazonalmente mostrou avanço de 1,4% frente ao mês imediatamente anterior, interrompendo três meses de taxas negativas consecutivas e que acumularam perda de 4,0% nesse período. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou queda de 9,3% no índice mensal de dezembro de 2016, décima taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto.