A indústria baiana registrou em julho passado o segundo pior desempenho do país. A produção do setor encolheu 19,2% em relação a igual mês do ano passado, quinta taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto e a mais intensa desde fevereiro de 2015 (-23,0%). Nesta base de comparação, apenas o Espírito Santo registrou desempenho pior (queda de 21,2%), de acordo com pesquisa divulgada hoje pelo IBGE.
O levantamento mostrou ainda que o índice acumulado de janeiro a julho de 2016 mostrou queda de 3,1%, após ficar estável no primeiro semestre do ano (0,0%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior.
Na comparação julho de 2016/julho de 2015, nove das 12 atividades pesquisadas mostraram queda na produção na Bahia. O principal impacto negativo sobre o total global foi observado no setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-37,6%), pressionado, principalmente, pela menor produção de óleo diesel, gasolina automotiva, óleos combustíveis, naftas para petroquímica e gás liquefeito de petróleo. Vale mencionar ainda os recuos vindos de veículos automotores, reboques e carrocerias (-29,8%), de celulose, papel e produtos de papel (-25,7%), de indústrias extrativas (-21,8%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-60,9%) e de produtos de minerais não-metálicos (-16,8%).
Em sentido contrário, os setores de produtos alimentícios (4,6%) e de metalurgia (2,1%) exerceram as principais contribuições positivas, impulsionados, em grande medida, pela maior produção de açúcar cristal, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e leite em pó; e de barras, perfis e vergalhões de
cobre e de ligas de cobre, respectivamente.